Grana preta: por um afroempreendedorismo sustentável na internet

Abstract

O afroempreendedorismo ganhou força e visibilidade nos debates sobre a inclusão das pessoas negras no mercado por conta da internet, que facilitou a difusão das informações por meio da apropriação do exoesqueleto digital, as políticas públicas para a equidade racial e as inovações técnicas e tecnológicas. Entre os desafios do afroempreendedorismo estão o racismo moderno e a sustentabilidade dos arranjos afroempreendedores. A pesquisa investiga o afroempreendedorismo a partir de uma reflexão teórica para compreender as interferências do racismo na prática empreendedora, com foco nas mulheres negras que atuam com as redes sociais e produção de conteúdo para a geração de trabalho e renda. Sob a hipótese de que o empreendedorismo negro tem curto fôlego por conta da ausências dos capitais econômico, político, social e cultural, o objetivo é identificar de que forma o racismo interfere na sustentabilidade dos negócios afroempreendedores.

Afro-entrepreneurship gained strength and visibility in debates about the inclusion of black people in the market due to the internet, which facilitated the dissemination of information through the appropriation of the digital exoskeleton, public policies for racial equity, and technical and technological innovations. Among the challenges of Afro-entrepreneurship are modern racism and the sustainability of Afro-entrepreneurial arrangements. The research investigates Afro-entrepreneurship from a theoretical reflection to understand the interferences of racism in entrepreneurial practice, focusing on black women who work with social networks and content production for the generation of work and income. Under the assumption that black entrepreneurship is short-lived due to the absence of economic, political, social, and cultural capital, the objective is to identify how racism interferes with the sustainability of Afro-entrepreneurial businesses.