Publicação: Detecção e caracterização molecular de isolados de Blastocystis sp., Dientamoeba fragilis e Enterocytozoon bieneusi em amostras fecais humanas encaminhadas para laboratório clínico de Bauru, São Paulo.
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Autores
Orientador
Viana, Semíramis Guimarães Ferraz 

Coorientador
Pós-graduação
Doenças Tropicais - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
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Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A prevalência dos parasitas gastrointestinais Blastocystis sp, Dientamoeba fragilis e Enterocytozoon bieneusi na população humana ainda é subestimada, já que frequentemente, a pesquisa desses parasitas não é incluída na rotina dos laboratórios clínicos. No presente estudo, objetivou-se detectar, caracterizar geneticamente e georreferenciar os isolados presentes em amostras de fezes submetidas para exame parasitológico em um laboratório clínico de Bauru. Amostras obtidas de indivíduos de ambos os sexos, com idades variando de 0 a ≥ 55 anos e procedentes de 16 municípios do estado de São Paulo foram submetidas à PCR e sequenciamento com base nos genes SSU rRNA de Blastocystis sp. e D. fragilis e ITS para E. bieneusi. Além da PCR/sequenciamento, o diagnóstico de Blastocystis sp. incluiu o exame microscópico de fezes. De 348 amostras, 8 (2,3%), 16 (4,6%) e 108 (31%) foram positivas para D. fragilis, E. bieneusi e Blastocystis sp., respectivamente. Maior frequência de amostras positivas para Blastocystis foi observada entre crianças com idade de cinco a nove anos (p<0,0001) e mais densamente distribuídas em áreas residenciais mais populosas. Quanto à genotipagem, entre os isolados de Blastocystis sp., sete subtipos distintos foram identificados, a saber ST1 (n=44), ST2 (n=10), ST3 (n=49), ST4 (n=1), ST6 (n=2), ST7 (n=1) e ST9 (n=1). Todos os isolados de D. fragilis foram classificados como genótipo 1 e os isolados de E. bieneusi incluíram os genótipos D (n =15) e A (n =1). A partir dessas observações ressalta-se que (1) a detecção de Blastocystis sp., D. fragilis e E. bieneusi em amostras de indivíduos de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, submetidas ao exame parasitológico em um laboratório clínico, aponta para a necessidade de inclusão da pesquisa nos exames de rotina; (2) a variabilidade genética dos isolados sugere a exposição a diferentes fontes de contaminação e (3) a maior densidade de amostras de fezes positivas para Blastocystis sp. em áreas mais populosas sugere um risco maior de disseminação e transmissão do parasita.
Resumo (inglês)
The prevalence of the gastrointestinal parasites Blastocystis sp., Dientamoeba fragilis and Enterocutozoon bieneusi in the human population is still underestimated, since these organisms are not diagnosed in the routine of clinical laboratories. The aim of the present study was to detect theses parasites and to assess their genetic characteristics and distribution status in stool samples submitted for routine examination in a clinical laboratory in Bauru, SP. Stool samples from female and male individuals from 16 cities and with age ranging from zero to ≥ 55 years were analyzed PCR amplifying and sequencing based on the small subunit ribosomal RNA (SSU rRNA) genes of Blastocystis sp. and D. fragilis and the internal transcribed spacer (ITS) of E. bieneusi. Of the 348 samples examined, eight (2.3%), 16 (4.6%) and 108 (31%) were positive for D. fragilis, E. bieneusi and Blastocystis sp., respectively. By age, the highest frequency of positive samples was for Blastocystis and detected in children aged 5-9 years (p <0.0001). In addition, these positive samples were densely concentrated in more populated areas. Regarding genotyping, seven distinct subtypes of Blastocystis were identified, namely ST1 (n = 44), ST2 (n = 10), ST3 (n = 49), ST4 (n = 1), ST6 ( n = 2), ST7 (n = 1) and ST9 (n = 1). All D. fragilis isolates were classified as genotype 1 and E. bieneusi isolates included genotypes D (n = 16) and A (n = 1). Here, it is relevant to emphasized that (1) the presence of Blastocystis sp., D. fragilis and E. bieneusi in stool samples of referred individuals to the clinical laboratory of both genders and different age ranges points to the need for the diagnosis of these parasites in routine examinations; (2) the genetic variability of the isolates suggests exposure to different sources of contamination and (3) the highest density of fecal samples positive for Blastocystis sp. in most populated areas suggests a greater risk of spreading and transmitting the parasite.
Descrição
Palavras-chave
Blastocystis sp, Dientamoeba fragilis, Enterocytozoon bieneusi, Parasitas intestinais, Laboratório clínico, PCR, Genotipagem, Intestinal parasites, Clinical laboratory, Genotyping
Idioma
Português