Publicação: A desumana neutralidade da métrica
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Pós-graduação
Curso de graduação
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Artigo
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
A frase que serve de título a este trabalho foi recolhida de um ensaio sobre a poetisa russa Anna Akhmatova, escrito pelo poeta e crítico Joseph Brodsky (1994) e intitulado A musa lastimosa. O apreço negativo em que, ali, o crítico tem à métrica - efeito do emprego do adjetivo desumana e, até certo ponto, do substantivo neutralidade - é responsável por um certo constrangimento, induzido em quem, nos dias que correm, se ocupa do estudo da poesia clássica greco-latina, cuja existência se funda por inteiro na observância estrita de metros inventariados e exaustivamente catalogados ao longo de mais de dois milênios de estudos. E forçoso procurar compreender o real papel da métrica na composição de poemas, se não pelo prestígio que o prêmio Nobel de Literatura de 1987 confere a sua crítica, pelo menos pela recorrência com que asserções desse mesmo naipe aparecem em poetas que exercem atividade crítica, como o Otávio Paz (1982) de O arco e a lira, ao afirmar categoricamente que metro e ritmo não são a mesma coisa. Esse artigo utiliza tais afirmações como ponto de partida para uma reflexão sobre o engendramento do ritmo e da poeticidade de versos em latim.
Descrição
Palavras-chave
Joseph Brodsky, métrica, poética, ritmo, língua latina, plano da expressão
Idioma
Português
Como citar
ALFA: Revista de Linguística, v. 47, n. 1, 2003.