Correlação entre força de preensão manual e medidas antropométricas do membro superior de mulheres em tratamento de hemodiálise
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Data
Autores
Orientador
Monteiro, Henrique Luiz 

Coorientador
Disessa, Henrique dos Santos
Pós-graduação
Curso de graduação
Bauru - FC - Educação Física
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
Introdução: A força de preensão manual (FPM) é um dos indicadores da função muscular, utilizados para avaliação funcional de pacientes com doença renal crônica (DRC). Em mulheres em hemodiálise (HD), alterações morfofuncionais podem reduzir a força e a massa muscular, tornando relevante relacionar a FPM às medidas antropométricas do membro superior. Objetivo: Avaliar a FPM de mulheres em tratamento de HD e verificar sua relação com medidas antropométricas do membro superior. De modo mais específico, investigar possíveis diferenças de FPM de acordo com o tipo de acesso vascular. Métodos: Estudo de corte transversal. A FPM foi avaliada com dinamômetro da marca SAEHAN (Sh5001), após três tentativas com obtenção da força pico para cada membro. Para a circunferência de braço (CB) (foi utilizada uma fita métrica inextensível), e quanto para a medida da dobra cutânea tricipital (DCT) foi utilizado adipômetro Harpender com três medidas consecutivas para o membro superior direito. Ambas foram utilizadas para obtenção da circunferência muscular média do braço (CMB). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, dados contínuos foram apresentados por média ou desvios-padrão e nos casos de distribuição não paramétrica, mediana e intervalo interquartil. O test t para amostras pareadas foi utilizado para comparação de FPM entre ambos os lados e de amostras independente na comparação entre diferentes acessos vasculares. Para dados não paramétricos foi aplicado o teste U de Mann-Whitney, e as correlações empregaram coeficientes de Pearson e Spearman, quando necessário. Todas as análises foram realizadas no software JASP versão 0.19.9 (JASP Team Amsterdam, The Netherlands). Nível de significância de 95% (p < 0.05) foi adotado para todas as análises. Resultados: Participaram 26 mulheres (54 ± 10,93 anos). A FPM média foi de 20,42 ± 6,75 kgf no braço direito e 18,77 ± 5,94 kgf no esquerdo. As medidas antropométricas mostraram CB de 30,26 ± 6,83cm, DCT de 16,45 ± 7,75mm e CMB de 23,93 ± 4,57cm. Observou-se correlação negativa moderada entre idade e FPM direta (ρ = -0,520; p = 0,007) e esquerda (ρ = -0,433; p = 0,027). As demais variáveis antropométricas e o tempo de HD não apresentaram correlação significativa (p > 0,05). Não houve diferença estatística entre os tipos de acesso vascular. Conclusão: As pacientes em HD apresentaram FPM inferior aos valores de referência nacionais para a faixa etária estudada. Paralelamente foi observado, também, que a idade se correlacionou negativamente à força, refletindo o efeito do envelhecimento e de processos fisiopatológicos potencialmente relacionados a HD, como inflamação, catabolismo proteico e estresse oxidativo.
Palavras-chave: Hemodiálise, sexo feminino, força muscular, acesso vascular, medidas antropométricas.
Resumo (inglês)
Introduction: Handgrip strength (HGS) is an indicator of muscle function, used for the functional assessment of patients with Chronic Kidney Disease (CKD). In women undergoing hemodialysis (HD), morphofunctional changes can reduce muscle strength and mass, making it relevant to relate HGS to upper limb anthropometric measurements. Objective: To evaluate the HGS of women undergoing HD treatment and to verify its relationship with upper limb anthropometric measurements. More specifically, to investigate possible differences in HGS according to the type of vascular access. Methods: This was a cross-sectional study. HGS was evaluated using a SAEHAN brand dynamometer (Sh5001), after three attempts, obtaining the peak force for each limb. For arm circumference (AC), an inextensible tape measure was used, and for triceps skinfold thickness (TSF), a Harpenden caliper was used, with three consecutive measurements for the right upper limb. Both were used to obtain the mid-upper arm muscle circumference (MAMC). The normality of the data was verified using the Shapiro-Wilk test. Continuous data were presented as mean ± standard deviation or, in cases of non-parametric distribution, as median and interquartile range. The paired t-test was used for HGS comparison between both sides, and the independent samples t-test was used for comparison between different vascular accesses. For non-parametric data, the Mann-Whitney U test was applied. Correlations employed Pearson's and Spearman's coefficients, when necessary. All analyses were performed using the JASP software version 0.19.9 (JASP Team Amsterdam, The Netherlands). A significance level of 95% (p < 0.05) was adopted for all analyses. Results: A total of 26 women participated (54 ± 10.93 years). The mean HGS was 20.42 ± 6.75 kgf in the right arm and 18.77 ± 5.94 kgf in the left arm. Anthropometric measurements showed an AC of 30.26 ± 6.83 cm, TSF of 16.45 ± 7.75 mm, and MAMC of 23.93 ± 4.57 cm. A moderate negative correlation was observed between age and HGS for the right (ρ = -0.520; p = 0.007) and left (ρ = -0.433; p = 0.027) arms. The remaining anthropometric variables and HD duration showed no significant correlation (p > 0.05). There was no statistical difference between the types of vascular access. Conclusion: HD patients presented HGS values lower than national reference values for the age group studied. In parallel, it was also observed that age was negatively correlated with strength, reflecting the effect of aging and pathophysiological processes potentially related to HD, such as inflammation, protein catabolism, and oxidative stress.
Descrição
Palavras-chave
Hemodiálise, Sexo feminino, Força muscular, Acesso vascular, Medidas antropométricas, Hemodialysis, Muscle strength, Vascular access
Idioma
Português
Citação
OLIVEIRA, Giovanna Tomaselli de. Correlação entre força de preensão manual e medidas antropométricas do membro superior de mulheres em tratamento de hemodiálise. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Educação Física) – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru, 2025.

