O uso de análise filogenética para avaliar uma epidemia de larga escala causada pelo sorotipo 1 do DENV

Abstract

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A infecção pelo vírus do Dengue (DENV) pode causar uma doença febril e evoluir para quadros mais graves, ou até mesmo ser assintomática. Os sintomas mais comuns da doença são febre alta, eritemas cutâneos, dor no corpo, mialgia, artralgia, dor de cabeça, náuseas e vômito, podendo evoluir para um quadro de extravasamento plasmático. Os vetores do vírus são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, sendo o primeiro encontrado predominantemente nas Américas e o segundo, na Ásia. O DENV pertence à família Flaviviridae, gênero Flavivirus e, assim como outros arbovírus, seu genoma codifica três proteínas estruturais e sete proteínas não- estruturais. Atualmente, 390 milhões de pessoas adquirem dengue ao ano e, apenas 96 milhões dos casos da doença são considerados sintomáticos. Na epidemia de 2015 do Brasil, causada majoritariamente por DENV-1, foi possível observar um número elevado de casos pronunciados da doença e também um maior número de óbitos. Com o objetivo de entender o comportamento dos vírus circulantes em Araraquara - SP e poder associá-lo à grave epidemia de 2015, duas amostras de DENV-1 foram sequenciadas e, posteriormente foram feitas suas análises filogenéticas. Ambas as sequências mostraram pertencer ao genótipo V do sorotipo 1 do DENV. Houve também evidências de recombinação relacionadas à amostra de DENV-1 colhida em 2015. A circulação de cepas de DENV de múltiplas origens aumenta a ocorrência de eventos de recombinação, os quais podem ter implicações diretas na patogenicidade viral. É importante que haja uma vigilância quanto ao genótipo V no Brasil, já que o mesmo é...