Desempenho físico de cavalos submetidos a duas sessões de exercício em esteira e suplementados com maltodextrina

Abstract

O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos fisiológicos e metabólicos da inclusão dietética de matodextrina na dose de 1g/kg em equinos submetidos a dois testes padrão de exercícios progressivos realizados em esteira de alta velocidade, T1 e T2. Para tanto, foram utilizados oito equinos da raça Puro Sangue Árabe, distribuídos de forma que todos animais passaram por dois grupos, com intervalo entre eles de 7 dias: Grupo maltodextrina (GM n=8), que ingeriram 1g de maltodextrina + veículo, 45 min antes de cada teste e Grupo controle (GC n=8) que ingeriram veículo (1g/kg de farelo de trigo + 0,1g/kg de óleo de soja) 45 min antes de cada teste. O teste padrão de exercício progressivo (TPEP) consistiu em inclinação da esteira a +6%, com velocidade inicial de 1,8 m/s por 5min, a 4 m/s por 3min, a 6 m/s por 2 min, seguidos de fases a 7, 8 e 9 m/s por dois minutos cada, de modo que a manta da esteira foi parada quando os cavalos não conseguiram acompanhar a velocidade, mesmo sendo estimulados. Após o término do exercício o animal foi monitorado quanto a concentração de glicose plasmática e lactato sanguíneo, além dos valores da frequência cardíaca e índices de desempenho: distância percorrida, V200 e V4. Para análise estatística os os animais foram considerados como blocos, para diminuir o efeito da variabilidade devido ao desempenho de cada animal. A normalidade das variáveis-resposta foi confirmada utilizando o teste de Shapiro-Wilk e o teste de Tukey. Análise estatística através de modelos mistos demonstrou que não houve diferença estatística dos valores de glicose plasmática, lactato e índices de desempenho entre GM e GC e nem entre T1 e T2. Desta forma, o consumo voluntário de maltodextrina na dose de 1g/kg não influenciou na glicemia, lactatemia e nos índices de desempenho atlético nos dois testes padrão de exercício progressivo em um intervalo de seis horas entre eles e equinos submetidos a dois testes de exercício progressivo (TPEP) máximo, realizados em esteira ergométrica de alta velocidade, com intervalo de 6 horas não apresentam variação nos valores de glicose, lactato e índices de desempenho atlético.

The aim of this search was to evaluate the effect of the voluntary intake 1g/kg matodextrin in horses submitted to two standard tests of progressive exercises performed on a high speed treadmill. Used eight geldings Arabian horses, distributed in such a way that all animals underwent two treatments, with a 7-day interval between treatments: Group maltodextrin (GM n=8), which ingested 1g of maltodextrin + vehicle, 45 min before each test and Control group (GC n=8) who ingested vehicle (1g/kg of wheat bran + 0.1g / kg of soybean oil) 45 min before each test. The progressive exercise test (TPEP) consisted of inclination of the treadmill at + 6%, initial velocity of 1.8m / s for 5min, at 4m / s for 3min, at 6m / s for 2min, followed by phases at 7 , 8 and 9 m / s for two minutes each, so that the mat of the mat was stopped when the horses could not keep pace, even though they were stimulated. After completing the exercise, the animal was monitored for glycemia and lactatemia, as well as heart rate and performance indexes: distance traveled, V200 and V4. The statistical design for the assessment of blood lactate levels consisted of an experimental design, considering the animals as blocks, to decrease the variability due to the performance of each animal. The normality of the response variables was confirmed using graphical evaluations and the ShapiroWilk test. The Tukey test was used in the multiple comparisons to verify which means had significant differences at different moments. Statistical analysis using mixed models showed that there was no statistical difference in the values of plasma glucose, lactate and speed indexes. Thus, voluntary consumption of 1 g / kg maltodextrin did not ix influence glycemia, lactatemia and athletic performance indices in the two standard progressive exercise tests in a six-hour interval between them