Logotipo do repositório
 

Publicação:
Evolução da hipertrofia miocárdica associada à gestação em mulheres hipertensas após seis meses do parto

Carregando...
Imagem de Miniatura

Orientador

Bazan, Silméia Garcia Zanati Silméia Garcia

Coorientador

Pós-graduação

Medicina (mestrado profissional) - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular. Quando a mulher hipertensa engravida, ocorre uma nova condição hemodinâmica, com adição da situação de sobrecarga crônica de pressão à situação de sobrecarga crônica de volume. Essa nova condição hemodinâmica pode propiciar maior hipertrofia miocárdica (HVE), sendo que sua evolução após o parto ainda é pouco estudada na literatura. Suspeita-se que as mulheres hipertensas que apresentaram HVE durante gestação mantenham essa alteração cardíaca após o parto. Objetivos: Avaliar a hipertrofia miocárdica em mulheres hipertensas no terceiro trimestre da gestação e após seis meses do parto e estabelecer quais variáveis clínicas estão associadas com risco aumentado de hipertrofia miocárdica. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal incluindo 41 mulheres gestantes com idade gestacional acima de 35 semanas e com diagnóstico prévio de HAS, acompanhadas no Ambulatório de Pré-Natal de Hipertensão Arterial do Serviço de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Foram submetidas às avaliações clínica e ecocardiográfica em dois momentos, período gestacional e período de seis meses após o parto. A HVE foi definida para índice de massa do ventrículo esquerdo indexada pela altura (IMVE) ≥ 45g/m2,7. Análise estatística: regressão logística multivariada com as exposições mais fortemente associadas com a manutenção da HVE na análise univariada. Nível de significância p<0,05. Resultados: A média de idade foi de 29 ± 6,2 anos; a idade gestacional média de 36,7±1,18 semanas e com número médio de 1±1,3 gestações. A maioria das mulheres era branca (85,4 %). Antes da gestação 23 (59%) mulheres utilizaram medicações anti-hipertensivas e 28 (71,8%) utilizaram durante a gestação. No final da gestação, todas as mulheres apresentaram HVE, e 79% mantiveram HVE após seis meses do parto. Na análise multivariada, as exposições significantemente associadas com a manutenção da HVE foram: aumento da pressão arterial sistólica (PAS) no final da gestação, com OR=1,16 (1,03-1,30); p=0,013 e aumento da PAS aos seis meses após o parto em relação ao momento final da gestação, com OR=22,9 (1,8-294); p=0,016. Conclusões: Em gestantes hipertensas, a frequência de HVE no final da gestação é elevada, e a frequência de reversão desta hipertrofia após seis meses do parto, é muito baixa. O aumento da pressão arterial sistólica aos seis meses após o parto está associado com a manutenção da hipertrofia. Estes resultados justificam o seguimento destas mulheres jovens e assintomáticas com cardiologista, pois a hipertrofia miocárdica mantida impõe o diagnóstico de estágio B proposto pela classificação da American Heart Association (AHA) de insuficiência cardíaca, com risco de evolução para disfunção ventricular sintomática.

Resumo (inglês)

Background: Systemic arterial hypertension (SAH) is one of the principal risk factors for developing cardiovascular disease. When a hypertensive woman becomes pregnant, a new hemodynamic condition is installed, with addition from chronic pressure overload to chronic volume overload. This new hemodynamic condition can provides greater myocardial hypertrophy (LVH), whose postpartum evolution has been little studied in the literature. It is suspected that hypertensive women who presented LVH during pregnancy maintain this cardiac alteration after delivery. Objectives: To evaluate myocardial hypertrophy in hypertensive women in the third trimester of pregnancy and six months after delivery and to establish which clinical variables are associated with elevated risk of myocardial hypertrophy. Methods: Prospective longitudinal study including 41 pregnant women beyond 35 gestational weeks and with previous SAH diagnosis, monitored at the Hypertension Clinic of the Obstetrics Unit of the Botucatu School of Medicine - UNESP. They were submitted to clinical and echocardiographic evaluation at two moments, the gestational period and six months postpartum. LVH was defined for the left ventricular mass index as (LVMI) ≥ 45g/m2.7. Statistical analysis: multivariate logistic regression with the exposures most strongly associated with maintenance of hypertrophy in univariate analysis. Significance level: p<0.05. Results: The mean age was 29±6.2 years; mean gestacional age was 36.7±1.18 weeks; with mean number of 1±1.3 pregnancies. The majority of the women were white (85.4%). Before pregnancy 23 (59%) women used anti-hypertensive drugs and 28 (71.8%) used during pregnancy. At the end of gestation, all the women presented myocardial hypertrophy, and 79% maintained hypertrophy six months postpartum. In multivariate analysis, the exposures significantly associated with hypertrophy maintenance were: systolic blood pressure (SBP) at the end of gestation, with OR=1.16 (1.03-1.30); p=0.013 and SBP increase at six months postpartum in relation to the end of gestation, with OR= 22.9 (1.8-294); p=0.016. Conclusions: In hypertensive pregnant, the LVH frequency is elevated at the end of pregnancy, and the recovery frequency of this hypertrophy, at six months followAbstract 6 up after delivery, is very low. The increase of systolic blood pressure six months postpartum was associated with the maintenance of hypertrophy. These results warrant follow-up of these young and asymptomatic women by a cardiologist, since maintained myocardial hypertrophy imposes a diagnosis of stage B proposed by the American Heart Associaton (AHA) classification of heart failure, with risk of progression to symptomatic ventricular dysfunction.

Descrição

Palavras-chave

remodelação ventricular, gestação, função ventricular, sobrecarga de pressão, ecocardiografia, ventricular remodeling, pregnancy, ventricular function, pressure overload, echocardiography

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados

Financiadores

Unidades

Departamentos

Cursos de graduação

Programas de pós-graduação