Publicação: Marcadores de consumo alimentar e sua associação com constipação em escolares
Carregando...
Data
Autores
Orientador
Gomes, Caroline de Barros 

Coorientador
Carvalhaes, Maria Antonieta de Barros Leite 

Pós-graduação
Saúde Coletiva - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (inglês)
Introduction: Nutrition is fundamental for the health and well-being of children. Inadequate dietary habits can lead to nutritional imbalances, chronic diseases, and functional gastrointestinal disorders (FGIDs), such as intestinal constipation. Objectives: To investigate the association between dietary intake markers and intestinal constipation in school-aged children. Methods: Cross-sectional study from the Botucatu Infant Cohort (CLaB), with data collected between 2015–2016 and 2023–2024. Home interviews were conducted to assess stool consistency (Bristol Stool Scale) and children's bowel habits according to the Rome IV criteria. Dietary intake was evaluated using two telephone-administered questionnaires: SISVAN (previous-day dietary markers) and VIGITEL (frequency of consumption of fresh and ultra-processed foods). Based on SISVAN data, the “Healthy Consumption Score (HCS)” and “Unhealthy Consumption Score (UHCS)” were calculated. Using VIGITEL data, scores for the consumption of fresh and ultra-processed foods were calculated separately for weekdays and weekends. Weekly consumption frequencies were categorized as consumption on five or more days. Descriptive analyses included frequencies, means, chi-square tests, independent samples t-tests, and mean comparisons. Analyses were conducted using SPSS v.29.0 and SAS, with a significance level of p<0.05. Results: A total of 394 children participated, with a mean age of 7.9 years. The prevalence of constipation was 10.2%, with the majority (68.5%) of children having daily bowel movements, and fecal consistency type 3 was the most common (43.8%). Beans were the most consumed food (5.1 days/week, 69.4%). Consumption of beans (p<0.001) and vegetables (p=0.001) was higher during the week, while sweetened beverages were more consumed on weekends (p<0.001), with no difference between constipated and non- constipated children. The healthy and unhealthy consumption score had a mean of 3.7 (SD 1.45), with no significant difference between children with and without constipation. There was a negative association between the unhealthy score and fecal consistency (β = -0.10; 95% CI -0.18 to -0.02), but not with the presence of constipation. Consumption of in natura foods was lower on weekends (p<0.001), with higher scores during the week (p<0.001). Conclusion: The prevalence of constipation was 10.2%, with symptoms such as hard stools and low bowel movement frequency, confirmed by the Bristol Stool Scale. Although there was no direct association between dietary intake and constipation, the unhealthy score was negatively associated with fecal consistency. The study found higher consumption of in natura foods during the week and ultra-processed foods on weekends. Nutritional interventions are essential to reduce the consumption of ultra-processed foods, reinforcing the need for public policies and food education in this context.
Keywords: Food consumption; Constipation; Feces; Child Health.
Resumo (português)
Introdução: A alimentação é fundamental para a saúde e bem-estar das crianças. Hábitos alimentares inadequados podem levar a desequilíbrios nutricionais, doenças crônicas e distúrbios funcionais gastrointestinais (DFGI’s), como a constipação intestinal. Objetivos: Investigar a associação entre os marcadores de consumo alimentar e constipação intestinal em crianças de idade escolar. Métodos: Estudo transversal da Coorte de Lactentes de Botucatu (CLaB), com dados coletados entre 2015-2016 e 2023-2024. Realizaram-se entrevistas domiciliares sobre consistência fecal (Escala de Bristol) e hábitos sanitários das crianças conforme critérios Roma IV. O consumo alimentar foi avaliado por dois questionários aplicados por telefone: SISVAN (marcadores do dia anterior) e VIGITEL (frequência de consumo de alimentos in natura e ultraprocessados). Com os dados do SISVAN, calcularam-se os escores “Escore de Consumo Saudável (ECS)” e “Escore de Consumo Não Saudável (ECNS)”. Com o VIGITEL, calcularam-se escores de consumo de alimentos in natura e ultraprocessados para dias da semana e finais de semana. Frequências de consumo semanal foram categorizadas em consumo cinco ou mais dias. Análises descritivas incluíram frequências, médias, testes qui-quadrado, t de amostras independentes e comparação de médias. As análises foram realizadas no SPSS v.29.0 e SAS com significância de p<0,05. Resultados: Participaram 394 crianças, com média de 7,9 anos. A prevalência de constipação foi de 10,2%, sendo que a maioria (68,5%) das crianças evacuava diariamente, sendo a consistência fecal tipo 3 a mais comum (43,8%). O feijão foi o alimento mais consumido (5,1 dias/semana, 69,4%). O consumo de feijão (p<0,001) e hortaliças (p=0,001) foi maior durante a semana, enquanto bebidas adoçadas foram mais consumidas nos finais de semana (p<0,001), sem diferença entre crianças constipadas e não constipadas. O escore de consumo saudável e não saudável teve média de 3,7 (DP 1,45), sem diferença significativa entre crianças com e sem constipação. Houve associação negativa entre escore não saudável e consistência fecal (β = -0,10; IC95% -0,18 a -0,02), mas não com a presença de constipação. O consumo de alimentos in natura foi menor aos finais de semana (p<0,001), com escores mais altos durante a semana (p<0,001). Conclusão: A prevalência de constipação foi de 10,2%, com sintomas como fezes endurecidas e baixa frequência evacuatória, confirmados pela Escala de Bristol. Apesar de não haver associação direta entre consumo alimentar e constipação, o escore não saudável se associou negativamente à consistência fecal. O estudo encontrou maior consumo de alimentos in natura durante a semana e de ultraprocessados nos finais de semana. Intervenções nutricionais são essenciais para reduzir o consumo de ultraprocessados, reforçando a necessidade de políticas públicas e educação alimentar neste âmbito.
Palavras-chave: Consumo alimentar; Constipação Intestinal; Fezes; Saúde da criança.
Descrição
Palavras-chave
Food consumption, Constipation, Feces, Child Health, Consumo alimentar, Constipação Intestinal, Saúde da criança, Fezes
Idioma
Português
Como citar
SPADOTTO, Giovana Canela. Marcadores de consumo alimentar e sua associação com constipação em escolares. Orientadora: Caroline de Barros Gomes. 2025. Dissertação( Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu. 2025.