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Publicação:
Relação entre estilos de enfrentamento e respostas comportamentais a infeção induzida em Akodon montensis

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Orientador

Cruz Neto, Ariovaldo Pereira da

Coorientador

Pós-graduação

Curso de graduação

Ecologia - IB

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Trabalho de conclusão de curso

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

A resposta de fase aguda (RFA) é um conjunto de alterações comportamentais e fisiológicas que ocorrem após infecção patogênica. Dentre as alterações comportamentais destaca-se redução nos padrões gerais de atividade, que é vantajosa para minimizar os custos energéticos da ativação da RFA. Todavia a magnitude desta redução é variável, e uma das razões para esta variabilidade pode estar relacionada com a associação entre estilos de enfrentamento e vigor da RFA. Comportamentos reativos e proativos são dois perfis que caracterizam estilos de enfretamento. Indivíduos reativos (IR) são tímidos, exploram o ambiente de forma minuciosa, são menos propensos a exposição a patógenos e gastam menos energia na manutenção da homeostase; características opostas definem indivíduos proativos (IP). Assim, espera-se que a redução nos padrões de atividades observadas após uma infeção tenha maior magnitude para IP. Neste estudo esta hipótese foi testada usando o roedor Akodon montensis como espécie modelo. Foram analisados 9 indíviduos coletados no município de Rio Claro (SP). Os indivíduos foram mantidos individualmente em câmara climática (temperatura constante de 26º C) em gaiola 30 cm de comprimento, por 20cm de altura, por 13cm de largura, durante três dias para aclimatação para posteriormente serem realizados os testes de comportamento em arena de buracos. Com a finalidade de analisar a repetibilidade dos comportamentos os testes foram repetidos quatro vezes com intervalo de uma semana. Foram analisados, o tempo de atividade, o número de quadrantes percorridos, o número de vezes que cada buraco era inspecionado e o número de vezes que a postura bípede era acionada. Os dois primeiros experimentos foram conduzidos com o objetivo de categorizar os indivíduos dentro do eixo proativo/reativo. O terceiro e quarto experimentos quantificaram estes comportamentos após os indivíduos serem injetados, respectivamente, com 0,3 ml de solução tampão fosfato (STF) e 0,5mg/kg de lipopolisacarideo (LPS) diluído em 0,3 ml de STF. LPS é um antígeno largamente utilizado em estudos de imunologia, sendo muito eficaz para indução dos componentes da RFA. Foram capturados 17 indivíduos em campo, destes indivíduos nem todos conseguiram ser utilizados para experimentos de comportamento. Os indivíduos que não foram utilizados, ou não saíram da antessala durante o período de latência, ou vieram a óbito durante período de cativeiro. Administração de LPS afeta os indivíduos nos comportamentos de movimentação total, tempo total se locomovendo e rearing. Indivíduos reativos e proativos apresentaram diferentes respostas ao tratamento com LPS, aparentemente o decaimento do comportamento de movimentação total dos indivíduos variou de acordo com tratamento. Latência média obteve variação para indivíduos proativos e reativos, provavelmente ocasionada por estresse de cativeiro. Já esperávamos queda na movimentação e também a queda de interações de caráter exploratório, indivíduos proativos neste trabalho apresentaram uma grande queda na movimentação/exploração, em ambientes naturais este tipo de queda na exploração tão severa pode significar a morte do indivíduo, visto que os mesmos gastam mais energia para manutenção da homeostase em comparação a indivíduos reativos. Em conclusão devido a maior tempo enfrentando infecções, indivíduos proativos possuam menores reservas energéticas para investir em imunidade inata.

Resumo (inglês)

The acute phase response (AFR) is a set of behavioral and physiological changes that occur after pathogenic infection. Among the behavioral changes, there is a reduction in the general patterns of activity, which is advantageous to minimize the energy costs of activating the RFA. However, the magnitude of this reduction is variable, and one of the reasons for this variability may be related to the association between coping styles and RFA strength. Reactive and proactive behaviors are two profiles that characterize coping styles. Reactive individuals (RI) are shy, explore the environment thoroughly, are less likely to be exposed to pathogens and spend less energy on maintaining homeostasis; opposite characteristics define proactive individuals (PI). Thus, the reduction in activity patterns observed after an infection is expected to have greater magnitude for PI. In this study, this hypothesis was tested using the rodent Akodon montensis as a model species. Nine individuals collected in the city of Rio Claro (SP) were analyzed. The individuals were kept individually in a climatic chamber (constant temperature of 26º C) in a cage 30 x 20 x 13 for three days for acclimatization to later be carried out the behavior tests in a hole board. In order to analyze the repeatability of the behaviors, the tests were repeated four times with an interval of one week. In this tests were analyzed behaviors like, the activity time, the number of quadrants traveled, the number of times each hole was inspected and the number of times the bipedal posture was activated. The first two experiments were conducted with the aim of categorizing individuals within the proactive/reactive axis. The third and fourth experiments quantified these behaviors after subjects were injected, respectively, with 0.3 ml of phosphate buffer solution (PBS) and 0.5 mg/kg of lipopolysaccharide (LPS) diluted in 0.3 ml of PBS. LPS is an antigen widely used in immunology studies, being very effective for inducing RFA components. Individuals who were not used either did not leave the room during the latency period, or died during the captivity period. LPS administration affects individuals on total movement, total time moving, and rearing behaviors. Reactive and proactive individuals showed different responses to LPS treatment, apparently the decay of individuals' total movement behavior varied according to treatment. Mean latency varied for proactive and reactive individuals, probably caused by stress in captivity. We already expected a drop in movement and also a decrease in exploratory interactions, proactive individuals in this work showed 6 a large decrease in movement/exploration, in natural environments this type of decrease in exploration can mean the death of the individual, since they expend more energy to maintain homeostasis. In conclusion, due to longer time facing infections, proactive individuals have less energy reserves to invest in innate immunity.

Descrição

Palavras-chave

Comportamento animal, Lipopolissacarídeos, Roedores, Akodon montensis, Sistema imune, Comportamento, Behavior, Lipopolissacarides, Rodent

Idioma

Português

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