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Publicação:
Prevalência de alterações ósseas e risco de fraturas em pessoas vivendo com HIV/Aids em uso crônico de antirretrovirais

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Orientador

Souza, Lenice do Rosário

Coorientador

Pós-graduação

Doenças Tropicais - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução: O uso da terapia antirretroviral (TARV) tem aumentado a sobrevida com melhora da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), o que também tem resultado em maior expectativa de vida. A infecção crônica pelo HIV e seu tratamento prolongado têm sido associados a diversas complicações ou eventos tardios, tais como, doenças metabólicas, cardiovasculares e renais, anormalidades na densidade mineral óssea (DMO) e osteoporose. Assim, o uso crônico da TARV tem demonstrado alta prevalência de deficiência de vitamina D, maior declínio da DMO e aumento do risco de fraturas de quadril, coluna vertebral e punhos, que têm sido relacionados principalmente ao uso de efavirenz, tenofovir e/ou inibidores de protease. Objetivos: estimar a prevalência e os fatores de risco das alterações ósseas e de fraturas, pela ferramenta FRAX, verificando a interferência da TARV sobre o nível sérico da vitamina D e na DMO em portadores do HIV. Casuística e métodos: foram estudadas 160 PVHA, com idades acima de 20 anos, de ambos os sexos, que atenderam aos critérios de inclusão para o estudo. Tratouse de estudo observacional realizado no Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia “Domingos Alves Meira”, Botucatu/SP. Foram incluídos pacientes adultos, com idade de 20 anos ou mais, em uso ou não de TARV e excluídos gestantes e mulheres menopausadas, além de indivíduos com diagnóstico de hipogonadismo. Prontuários médicos além de questionário específico foram utilizados para obtenção de dados demográficos, informações sobre hábitos de vida, antecedentes familiares e individuais de fraturas ósseas e uso de antirretrovirais. Foram realizadas dosagens séricas, por quimiluminescência, de vitamina D e paratormônio (PTH), e por química seca, de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina, contagens de linfócitos TCD4+ por citometria de fluxo, determinações de cargas virais do HIV por PCR em tempo real e teste imunoenzimático sanduíche (ELISA kit da Elabscience) para dosagem de CTX-I. Estudo da DMO foi realizado na coluna lombar e colo do fêmur, pelo Dual-Energy X-Ray Absorptiometry (DEXA) e para o risco de fratura utilizou-se a ferramenta de avaliação de risco de fratura (FRAX). A análise estatística descritiva foi realizada, incluindo a distribuição de frequência para os dados categorizados e cálculo de média e desvio padrão para variáveis contínuas. A prevalência da DMO foi calculada em função de frequência relativa. A associação entre variáveis foi realizada pelo teste Qui-quadrado. Análise de variância, seguido do teste de Tukey foram realizadas para comparações entre médias para as variáveis contínuas, em caso de distribuição simétrica e, em caso de assimetria, utilizou-se ajuste de distribuição gama seguida do teste de Wald. Em todos os testes foi utilizados o nível de significância de 5% ou p-valor correspondente. Resultados: houve predomínio do sexo masculino, com idades compreendidas de 20 a 79 anos, com média de 39,4 anos. A análise descritiva dos fatores de risco tradicionalmente conhecido para baixa DMO não apresentou diferenças nas variáveis, idade, índice de massa corporal, tabagismo, uso de álcool, histórias Resumo individual e familiar de fraturas e atividade física. Os indivíduos em TARV apresentaram níveis séricos de vitamina D menores em relação aos pacientes sem tratamento. A vitamina D foi menor nas PVHA em uso de efavirenz. A análise do marcador de reabsorção CTX-I não apresentou diferenças entres os indivíduos estudados, apenas 12,5% apresentaram níveis aumentados para suas idades. O exame de densitometria óssea foi realizado no fêmur e coluna lombar em 116 indivíduos, dos quais 28,4% apresentaram baixa DMO, 33,3% apresentaram osteopenia e 21,2%, osteoporose. O risco de fratura, calculado pelo FRAX, mostrou que 6,0% das PVHA apresentaram risco aumentado de fratura de quadril. Conclusões: A prevalência de alterações ósseas encontrada neste estudo foi de 26,8% e de risco de fratura de quadril de 6,0%. Pacientes em que o esquema antirretroviral continha efavirenz tiveram 4,2 vezes maior chance de apresentar baixos níveis de vitamina D, do que os recebiam inibidores de protease. Não foram encontradas associações da TARV sobre as prevalências de baixa DMO, osteopenia, osteoporose e fraturas.

Resumo (português)

Introduction: The use of antiretroviral therapy (ART) has increased survival and improved quality of life for people living with HIV/Aids (PLWH), this therapy has also resulted in longer life expectancy. Chronic HIV infection and its prolonged treatment have been associated with various complications or late events, such as metabolic, cardiovascular and renal diseases, abnormalities in bone mineral density (BMD), and osteoporosis. Thus, chronic usage of ART, has caused high prevalence of vitamin D deficiency, greater decline in BMD, and increased risk of hip, spine and fist fractures, that has been mainly related to use of efavirenz, tenofovir and/or protease inhibitors. Objectives: To estimate the prevalence and risk factors of bone alterations and fractures using the fracture risk assessment tool (FRAX), to verify the interference of ART on the serum level of vitamin D and in BMD among HIV patients. Casuistry and methods: 160 PLWH were studied, of both sexes, with ages over 20 years, who meet inclusion criteria for the study. This observational study was performed at the Domingos Alves Meira Department of Specialized Ambulatory Infectology (SAEI-DAM) - Botucatu/SP/Brazil. The study included adult patients, aged 20 years or older, in regular use of ART or not; pregnant, menopausal women and individuals who had been diagnosed with hypogonadism were excluded. Medical records and a specific questionnaire were used to obtain demographic data, information on life habits, family and individual histories of bone fractures and antiretroviral uses. Serum dosages were measured, with chemiluminescence for vitamin D and parathyroid hormone and dry chemistry for calcium, phosphorus and alkaline phosphatase, CD4+ T lymphocyte counts were made using flow cytometry, HIV viral load determinations were taken using real-time PCR and sandwich enzyme linked immunosorbent assay (ELISA Kit Elabscience) was used for a CTX-I assay. The BMD study was performed in the lumbar spine and the femur neck by dual energy X-ray absorptiometry (DEXA) and the fracture risk assessment tool (FRAX) was used to measure fracture risk. A descriptive statistical analysis was performed, including a frequency distribution for the categorized data and a calculation of the means and standard deviations for the continuous variables. The prevalence of BMD was calculated as a function of relative frequency. The association between the variables was determined using the Chi-square test. An analysis of variance and Tukey test were performed to compare the averages for the continuous variables, when the distribution was symmetric and in the case of asymetric, a gamma distribution adjustment and a Wald test were used. For all tests, a significance level of 5% or a corresponding p-value was used. Results: The sample was predominantly male, aged between 20 and 79 years (median 39.4 years). The descriptive analysis of risk factors traditionally associated with low BMD did not reveal any difference in the variables for, age, body mass index, smoking, alcohol use, physical activity, individual or family histories of fractures. Individuals who were receiving ART had lower serum vitamin D levels than did untreated patients. Vitamin D was also lower in PLWH who were using efavirenz. Analysis of the CTX-I reabsorption marker showed no differences among the studied individuals, only 12.5% presented elevated levels for their ages. Bone densitometry Abstract was performed for the femur neck and lumbar spine in 116 individuals, of whom 28.4% had low BMD, 33.3% had osteopenia, and 21.2% had osteoporosis. Conclusions: The prevalence of bone changes found in this study was 26.8%, and the risk of hip fracture was 6.0%. The patients who were on antiretroviral regimen containing efavirenz were 4.2 times more likely to present low levels of vitamin D than were those who received protease inhibitors. No associations were found of ART on prevalences of low BMD, osteopenia, osteoporosis and fractures.

Descrição

Palavras-chave

Fratura ósseas, Bone fractures., Terapia antirretroviral, Densidade óssea., HIV (Vírus)., Vitamina D., Antiretroviral therapy, Bone density, HIV (Virus)., Vitamin D

Idioma

Português

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