Biologia reprodutiva de sabiá-poca (Turdus amaurochalinus)

Abstract

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Informações sobre a biologia reprodutiva das aves são importantes para o desenvolvimento de hipóteses sobre perspectivas evolutivas e comportamentais desses animais, porém essas informações são escassas em aves neotropicais. Esse trabalho tem como objetivo geral descrever a biologia reprodutiva de Turdus amaurochalinus, no sudeste do Brasil. Foram analisados 32 ninhos, entre os meses de setembro e dezembro de 2017, no campus da Universidade Federal de São Carlos no município de São Carlos/SP. 46,9% dos suportes utilizados foram plantas nativas, 28,1% foram plantas exóticas e 25,0% foram suportes artificiais. Como suporte natural, foram utilizadas 17 espécies de plantas diferentes. As medidas dos suportes foram: altura 6,9 ± 3,0 m (média ± desvio padrão), DAP (diâmetro na altura do peito) 34,5 ± 28,0 cm, posição horizontal relativa 23,2% ± 24,6% e posição vertical relativa 40,3% ± 29,8%. As medidas dos ovos foram: 28,1 ± 1,4 mm de comprimento; 20,2 ± 0,5 mm de largura (n = 10) e 6,2 ± 0,2 g (n = 6) de peso. O período de incubação foi de 13 ± 0,8 dias (n = 4 ninhos) e o de ninhego foi de 12,6 ± 1,6 dias (n = 8 ninhos). A taxa de sobrevivência no período de incubação e de ninhego foram de 80,6% e 86,6% respectivamente, totalizando uma taxa de 69,8% durante todo o período no ninho. Durante 21 horas de observação, a fêmea passou 80,0% ± 15,5% do tempo incubando os ovos e em 33 horas de observação, na fase de ninhego, ela passou 36,2% ± 31,1% do seu tempo aquecendo os filhotes. A frequência de alimentação dos filhotes foi de 5,9 ± 3,3 vezes/hora e não diferiu entre machos e fêmeas, já a frequência de higienização foi de 2,8 ± 1,9 vezes/hora, e mostrou-se significativamente maior nas fêmeas