Palinologia em espécies de myrtaceae nativas em fragmentos florestais remanescentes da Região Noroeste do Estado de São Paulo

Abstract

A família Myrtaceae (Juss.) possui cerca de 140 gêneros com 6.000 espécies, distribui-se nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, América do sul, Austrália e sudeste da Ásia são as áreas de maior ocorrência. Serão estudadas 16 espécies de Myrtaceae pertencentes a seis gêneros diferentes, estas são: Calyptranthes lucida Mart. Ex DC, Campomanesia adamantium (Cambess.) O.Berg, Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk, Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg, Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg, Myrcia glomerata (Cambess.) G.P.Burton & E.Lucas, Myrcia guianensis (Aubl.) DC, Myrcia splendens (SW.) DC, Myrcia tomentosa (Aubl.) DC, Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand, Plinia cauliflora (Mart.) kausel, Plinia rivularis (Cambess.) Rotman, Psidium hians Mart. ex DC, Psidium myrtoides O. Berg, Psidium sartorianum (O. Berg) Nied, Psidium schenckianum Kiaersk., nativas de fragmentos florestais remanescentes da região noroeste do estado de São Paulo. O estudo tem como objetivo a caracterização da morfologia dos grãos de pólen, uma vez que se faz fundamental a continuidade dos estudos e catalogação palinológica, para o entendimento da flora nacional e atual, almejando a preservação da mesma e auxiliando pesquisas futuras que fornecerão informações importantes para o esclarecimento da palinotaxonomia de Myrtaceae, buscando uma delimitação morfológica mais precisa para espécies pertencentes à família. Os grãos de pólen foram acetolisados, medidos e fotodigitalizados. Os dados quantitativos foram analisados estatisticamente de acordo com o tamanho das amostras e os qualitativos foram descritos. Os grãos de pólen dos gêneros estudados são mônades, heteropolares, pequenos, de âmbito triangular, área polar de muito pequena a grande, oblatos a suboblatos, 3-colpados, 3-colporados, anguloaperturados, parassincolpados ou não, colpos estreitos, endoaberturas lalongadas, exina tectada, com ornamentação fossulada, microrreticulada e verrugada, exina muito fina a fina, sendo a sexina levemente mais espessa que a nexina. De acordo com os resultados obtidos no presente trabalho, podemos concluir que os grãos e pólen das Myrtaceae estudadas podem ser considerados como estenopolínico.

The Myrtaceae family has around 140 genera with 6,000 species. It is distributed in the tropical and subtropical regions of the planet, with South America, Australia, and Southeast Asia being the areas of greatest occurrence. Sixteen species of Myrtaceae belonging to six different genera will be studied: Calyptranthes lucida Mart. Ex DC, Campomanesia adamantium (Cambess.) O.Berg, Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk, Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg, Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg, Myrcia glomerata (Cambess.) G.P.Burton & E.Lucas, Myrcia guianensis (Aubl.) DC, Myrcia splendens (SW. ) DC, Myrcia tomentosa (Aubl.) DC, Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand, Plinia cauliflora (Mart.) kausel, Plinia rivularis (Cambess.) Rotman, Psidium hians Mart. ex DC, Psidium myrtoides O. Berg, Psidium sartorianum (O. Berg) Nied, Psidium schenckianum Kiaersk..., native to remnant forest fragments in the northwestern region of the state of São Paulo. The study aimed to characterize the morphology of pollen grains since it is essential to continue studying and cataloging palynology to understand the national and current flora, aiming to preserve it and helping future research that will provide important information to clarify the palynotaxonomy of Myrtaceae, seeking a more precise morphological delimitation for species belonging to the family. The pollen grains were acetolyzed, measured, and photo-digitized. Quantitative data was statistically analyzed according to sample size and qualitative data was described. The pollen grains of the genera studied are monads, heteropolar, small, triangular amb, with a very small to large polar area, oblate to suboblate, 3-colpate, 3-colporate, angulaperturate, parasyncolpate or not, narrow colpi, lalongate endoaperture, tectate exine, with fossulate, microreticulate and verrucate ornamentation, exine very thin to thin, the sexine being slightly thicker than the nexine. According to the results obtained in this study, we can conclude that the pollen grains of the Myrtaceae studied can be considered stenopollinic.