Molecularização da violência: o impacto da tecnologia no emprego da força
Carregando...
Arquivos
Data
Autores
Orientador
Saint-Pierre, Héctor Luis 

Coorientador
Assis, Jonathan de Araújo de 

Pós-graduação
Relações Internacionais - IPPRI
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
As capacidades tecnológicas, seus potenciais de inserção social e especialmente seus empregos em contextos de violência têm sido cada vez mais incorporadas ao repertório temático das Relações Internacionais. À vista disso, esta pesquisa parte da indagação sobre qual o impacto das incorporações tecnológicas às formas de exercício da violência. Buscamos avaliar as implicações do protagonismo tecnológico na guerra, e, principalmente, como as formas de repressão e violência são conservadas ou adaptadas na realidade contemporânea. Para responder a este questionamento, elencamos os seguintes objetivos específicos, como: revisar a literatura crítica sobre a interseccionalidade entre os Estudos Críticos de Segurança e os Estudos de Ciência e Tecnologia; avaliar as mudanças que essas incorporações tecnológicas trazem para a guerra e suas implicações políticas e sociais sobre o exercício da violência; e identificar estes aspectos a partir do Projeto Maven do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Para tanto, empregamos uma metodologia de análise qualitativa pautada na avaliação de referências nos assuntos abordados e documentos oficiais do governo dos Estados Unidos que expressam a visão estratégica do país sobre a tecnologia, com destaque especial para a inteligência artificial. Neste esforço, defendemos que as capacidades tecnológicas, sustentadas por seus arranjos sociotécnicos, podem ser usadas tanto na reprodução explícita da violência quanto na molecurização dessa violência em contextos do dia a dia; ou seja na sua inserção nos mais variados fragmentos (moléculas) da sociedade. Destacamos também o papel da inteligência artificial neste processo e elencamos o conceito de violência algorítmica como um elemento importante de análise nas Relações Internacionais.
Resumo (inglês)
Technological capabilities, their potential for social inclusion, and especially their use in contexts of violence have been increasingly incorporated into the thematic repertoire of International Relations. In this regard, this research begins with the question of the impact of technological incorporations on the forms of exercising violence. We seek to assess the implications of technological protagonism in warfare, and, above all, we assess how forms of repression and violence are preserved or adapted in contemporary reality. In order to answer this question, we set out the following specific objectives: a review of the critical literature on the intersectionality between Critical Security Studies and Science and Technology Studies; an assessment of what changes these technological incorporations bring to warfare and their political and social implications on the exercise of violence; and the identification of these aspects based on the Maven Project from the United States Department of Defense. To this end, we applied a qualitative analysis methodology based on the evaluation of references in strategic affairs and official US government documents that express the country's strategic vision of technology, with special emphasis on artificial intelligence. In this effort, we support the hypothesis that technological capabilities, supported by their socio-technical arrangements, can be used both in the explicit reproduction of violence and in the molecularization of this violence in everyday contexts; that is, in its insertion in the most varied fragments (molecules) of society. We also highlight the role of artificial intelligence in this process and list the concept of algorithmic violence as an important element for analysis in International Relations.
Resumo (espanhol)
Las capacidades tecnológicas, su potencial de inserción social y especialmente su uso en contextos de violencia se han ido incorporando cada vez más al repertorio temático de las Relaciones Internacionales. En vista de esto, esta investigación se basa en la pregunta de qué impacto tiene la incorporación de la tecnología en las formas en que se ejerce la violencia. Buscamos evaluar las implicaciones del protagonismo tecnológico en la guerra y, sobre todo, cómo se preservan o adaptan las formas de represión y violencia en la realidad contemporánea. Para responder a esta pregunta, planteamos los siguientes objetivos específicos: una revisión de la literatura crítica sobre la interseccionalidad entre los Estudios Críticos de Seguridad y los Estudios de Ciencia y Tecnología; una evaluación de qué cambios aportan estas incorporaciones tecnológicas a la guerra y sus implicaciones políticas y sociales para el ejercicio de la violencia; y la identificación de estos aspectos a partir del Proyecto Maven del Departamento de Defensa de EEUU. Para tal fin, utilizamos una metodología de análisis cualitativo basada en la evaluación de referencias sobre los temas tratados y documentos oficiales del gobierno estadounidense que expresan la visión estratégica del país en materia tecnológica, con especial énfasis en la inteligencia artificial. En este esfuerzo, sostenemos la hipótesis de que las capacidades tecnológicas, apoyadas en sus arreglos socio-técnicos, pueden ser utilizadas tanto para reproducir explícitamente la violencia como para diluir esta violencia en contextos cotidianos. También destacamos el papel de la inteligencia artificial en este proceso y enumeramos el concepto de violencia algorítmica como un elemento importante para analizar las Relaciones Internacionales.
Descrição
Palavras-chave
Tecnologia, Violência, Projeto Maven, Technology, Violence, Project Maven, Tecnología, Violencia, Proyecto Maven
Idioma
Português
Citação
ZORZO, Mayara. Molecularização da violência: o impacto da tecnologia no emprego da força. Orientador: Héctor Luis Saint-Pierre. Coorientador: Jonathan de Araujo de Assis. 2025. 109 f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – UNESP/UNICAMP/PUC-SP, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas, São Paulo, 2025.