Publicação: Diagnóstico das alterações geomorfológicas em área de expansão urbana no setor sul de Araras (SP): subsídio para o planejamento urbano
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Data
Autores
Orientador
Lupinacci, Cenira Maria 

Coorientador
Pós-graduação
Geografia - IGCE
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
A taxa de crescimento urbano no mundo vem aumentando, conforme estudos das Nações Unidas (2015). No Brasil, este fato também se intensificou a partir da década de 1970, com o desenvolvimento das cidades médias. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar os níveis de restrição do relevo ao uso urbano, no setor sul da cidade de Araras-SP. Para que o objetivo proposto fosse alcançado, foi necessária a elaboração de alguns produtos cartográficos. A cartografia-geomorfológica-histórico-evolutiva, bem como as cartas de uso da terra dos anos de 1962, 1978, 1988, 1997, 2010 e 2016 permitiram visualizar as mudanças imprimidas pela ação antrópica e avaliar os estágios de evolução no meio urbano, conforme Nir (1983). A carta de fragilidade física foi construída a partir das cartas de declividade e de materiais inconsolidados, fazendo o uso das feições erosivas. Os dados obtidos por meio dos mapeamentos foram analisados sob a perspectiva da Teoria Geral dos Sistemas (TGS), entendendo a área de estudo como um sistema controlado já que apresenta interferência antrópica. Assim, constatou-se que o processo de urbanização, no período de 54 anos, acarretou feições antropogênicas, tais como aterros, cortes, ruptura topográfica antrópica, canal fluvial retificado, canal fluvial canalizado, canal artificial para o escoamento de águas pluviais, saída de drenagem, vertente côncava e convexa antrópica, terraço agrícola, bacia de contenção e limite do reservatório de contenção. As informações das cartas de fragilidade física e de uso da terra subsidiaram os níveis de restrição do relevo ao uso urbano. Os setores que possuem restrições ao uso urbano muito forte, forte e medianamente forte estão próximos às nascentes, vertentes côncavas e/ou uso da terra vegetação -que não estão em APPs, cobertura herbácea, pasto limpo, solo exposto e área sem edificação, situados em áreas de fragilidade física muito forte e forte. Em contrapartida, os setores caracterizados por restrições moderadas localizam-se em usos da terra cana-de-açúcar, cultura anual, área sem edificação e pasto sujo, em fragilidade física moderada. Por fim, os setores que têm restrição fraca e muito fraca encontram-se em usos que apresentam construções (indústria, construção rural e áreas parcialmente edificadas), denotando fragilidade física fraca e muito fraca. Notou-se que o uso urbano é realizado sem considerar as restrições, bem como as características físicas do terreno, explicando os problemas ambientais identificados na área estudada.
Resumo (inglês)
According to reports from United Nations (2015), the rate of urban growth has been increasing around the world. In Brazil, the same fact is verified as of 1970’s with the medium cities development. Thereby, the aim of this research was to identify and analyze the relief restriction levels to urban use in Araras (SP) city, in the South area. It was necessary the preparation of some cartographic mapping to achieve the proposed. Both the evolutive historic geomorphological cartography and land cover map in 1962, 1978, 1988, 1997, 2010 and 2016 allowed to view imposed changes by anthropic action and assess the evolution stages in the urban area, according to Nir (1983). The environment fragility map was built from slope and unconsolidated materials maps, using of erosion features. The obtained data through the mapping were analyzed from Systems General Theory (SGT), analyzing the area of study as controlled system due to anthropic interference. Thus, in 54 years the urbanization process caused anthropogenic features such as embankment, cutting, anthropic topographic breaks, rectified canal, canalization canal, artificial canal to flow rainwater, drainage exit, anthropic concave and convex slope, agricultural terrace, contention basin and contention reservoir. The data of environment fragility and land cover use subsidized the relief restriction levels to urban use. The sectors which have restriction to urban use very high, high and averagely high are to close headwater, concave slope and/or land cover use vegetation (that is not permanent preservation area), herbaceous cover, pasture, exposed soil and no edification area situated in environment fragility very heavy and heavy. By contrast, the sectors characterized for moderate restrictions are located in land cover use sugar cane, annual crop, no edification area and pasture in moderate fragility. At last, the sectors which have low and very low restriction are found in uses that present buildings (industry, rural building and partly edification area), demonstrating low and very low environment fragility. Therefore, it has been found that urban use is made regardless of relief restriction levels as well physical characteristic terrain so it explains environmental problems identified in area of study.
Descrição
Palavras-chave
Geomorfologia antrópica, Uso e ocupação da terra, Urbanização, Fragilidade física, Restrições do relevo ao uso urbano, Anthropic geomorphology, Land cover use, Urbanization, Environment fragility, Relief restriction to urban use
Idioma
Português