Brasilianas IV e V para piano (1949) de Radamés Gnattali: uma análise musical direcionada para a interpretação ao piano e seu contexto historiográfico

Abstract

Nesta pesquisa sintetiza-se inferências sobre a análise musical realizada nas Brasilianas IV e V para piano do compositor brasileiro Radamés Gnattali, voltadas para a interpretação musical e peculiaridades de sua escrita. Para tanto, utilizou-se as metodologias contidas em Caplin (1998), Kostka (2016), Schoenberg (1996, 2001), Rink (2002) e Berry (1987), considerando-se ainda os fundamentos metodológicos de Mário de Andrade (1972, 1989) e José Ramos Tinhorão (2013). Pretendeu-se também, por meio de uma investigação histórica e biográfica do compositor, evidenciar questões contidas no âmbito da profissionalização musical em Dubar (2005) e Keller (1996) que, consequentemente, se relacionam com as socializações primária e secundária expostas por Berger e Luckmann (2018), em uma postura analítica e reflexiva ao momento histórico reportado, considerando-se ainda apontamentos específicos desenvolvidos por Carl Dahlhaus (1983) e Michel Foucault (1969).

In this research, inferences about the musical analysis performed in Brasilianas IV and V for piano by Brazilian composer Radamés Gnattali are synthesized, focused on musical interpretation and peculiarities of his writing. For this purpose, the methodologies contained in Caplin (1998), Kostka (2016), Schoenberg (1996, 2001), Rink (2002) and Berry (1987) were used, also considering the methodological foundations of Mário de Andrade (1972, 1989) and José Ramos Tinhorão (2013). It was also intended, through a historical and biographical investigation of the composer, to highlight issues contained in the scope of musical professionalization in Dubar (2005) and Keller (1996) that, consequently, are related to the primary and secondary socializations exposed by Berger and Luckmann (2018), in an analytical and reflective stance to the historical moment reported, also considering specific notes developed by Carl Dahlhaus (1983) and Michel Foucault (1969).