Publicação: Acoplamento entre informação visual e deslocamento do centro de pressão de crianças com Transtorno do Espectro Autista
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Data
Autores
Orientador
Zago, Paula Fávaro Polastri 
Coorientador
Pós-graduação
Ciências do Movimento - FC
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
Resumo (português)
Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam alterações no desenvolvimento da comunicação social, comportamento com padrões repetitivos e restritivos, dificuldade em participar funcionalmente nas atividades do cotidiano, além de, uma hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais do ambiente. Estas alterações sensoriais e comportamentais podem afetar a estabilidade postural destes indivíduos. Entretanto, ainda investiga-se como se dá o relacionamento entre as informações sensoriais e o controle postural nestes indivíduos, principalmente, em crianças. Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar o acoplamento entre informação visual e deslocamento do Centro de Pressão (COP) de crianças com TEA frente à manipulação dos parâmetros de amplitude do estímulo visual e correlacionar este comportamento com o teste clínico Perfil Sensorial de Winnie Dunn, comumente aplicado em crianças para investigar possíveis disfunções de integração sensorial e contribuir para a análise clínica de dificuldades funcionais apresentadas por esses indivíduos. Participaram do estudo, crianças com diagnóstico de TEA (média de idade = 10,01 ± 1,46 anos) e grupo controle de crianças com desenvolvimento típico (DT) (média de idade = 10,04 ± 1,55anos), pareado por idade, peso e estatura. Foi aplicado o teste clínico de Perfil Sensorial Winnie Dunn de acordo com os protocolos do mesmo (respondido pelo responsável) e a avaliação do controle postural na qual as crianças tiveram que permanecer em pé, parados sobre uma plataforma de força, dentro de uma sala móvel. Foram realizadas seis tentativas de 60 segundos cada, sendo a primeira tentativa com a sala estacionária, as duas primeiras tentativas com movimento em baixa amplitude (0,6 cm), a 4ª tentativa com alta amplitude (3,5 cm) e as duas últimas tentativas, com baixa amplitude (0,6 cm) novamente, na frequência de 0,2 Hz. Para análise do perfil sensorial foram quantificados os itens do teste clínico de acordo com o manual do protocolo. Para a análise do controle postural foram calculadas as seguintes variáveis: amplitude média de deslocamento do (COP), nas direções ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML), ganho e fase entre o movimento da sala e o deslocamento do COP e variabilidade de posição e velocidade do COP. Foram realizadas analises de variância (ANOVAs) e teste de correlação de Pearson (p<0.05) para testar as diferenças entre grupos e condições e as correlações entre as variáveis da postura e os itens de processamento sensorial, modulação sensorial e respostas emocionais, bem como a sessão de fatores do protocolo. Respostas similares entre as crianças com TEA e com DT foram encontradas, sendo que ambos os grupos apresentaram acoplamento entre informação visual e oscilação corporal com valores menores de Ganho e maior de variabilidade de posição e velocidade do COP na tentativa de alta amplitude comparada às tentativas de baixa amplitude. Apesar dos resultados similares quanto ao acoplamento, crianças com TEA apresentaram maior amplitude de deslocamento do COP do que crianças com DT nas direções AP e ML em todas as tentativas na qual a informação visual foi manipulada por meio do movimento da sala móvel. Já nas condições de sala estacionária, as crianças com TEA apresentaram desempenho similar ao grupo controle. Resultados do teste clínico Perfil Sensorial de Winnie Dunn mostraram associação com os resultados da amplitude de oscilação corporal indicando que maiores deslocamentos do COP, apresentados pelas crianças, foram moderadamente associados a maiores comprometimentos no perfil sensorial, obtidos pelo teste. Pode-se concluir que crianças com TEA apresentam maior amplitude de oscilação corporal frente à manipulação da informação visual, apesar de serem influenciados pelas mudanças dos parâmetros de amplitude do estímulo visual assim como as crianças com DT. Além disto, o teste Perfil Sensorial de Winnie Dunn parece ser uma ferramenta clínica acessível e interessante para detectar precocemente possíveis alterações no controle postural de crianças com TEA.
Resumo (inglês)
Individuals with Autistic Spectrum Disorder (ASD) presen t alterations in the development of social communication, behavior with repetitive and restrictive patterns, difficulty in functionally participating in daily activities, in addition to hyperenvironmental sensory stimuli. These senso or hyporeactivity to ry and behavioral changes can affect the postural stability of these individuals. However, it is still investigated how the relationship between sensory information and postural control occurs in these individuals, especially in children. Therefore, the ob jective of the present study was to investigate the coupling between visual information and displacement of the Center of Pressure (COP) of children with ASD in face of the manipulation of the amplitude parameters of the visual stimulus and to correlate th is behavior with the clinical test Sensory Profile by Winnie Dunn , commonly applied in children to investigate possible sensory integration dysfunctions and contribute to the clinical analysis of functional difficulties presented by these individuals. The study included children diagnosed with ASD (mean age = 10.01 ± 1.46 years) and a control group of children with typical development (TD) (mean age = 10.04 ± 1.55 years), matched by age, weight and height. Sensory Profile by Winnie Dunn clinical test w The as applied according to its protocols (answered by the guardian) and the assessment of postural control in which the children had to remain standing on a force platform, inside a mobile room . performed, the first trial w Six trials of 60 seconds each were ith the stationary room, the first two trials with low amplitude movement (0.6 cm), the 4th trial with high amplitude (3.5 cm) and the last two trials, with low amplitude (0.6 cm) again, at a frequency of 0.2 Hz. cl For analysis of the sensory profile, the inical test items were quantified according to the protocol manual. For the analysis of postural control, the following variables were calculated: mean amplitude of displacement of the (COP), in the anteroposterior (AP) and mediolateral (ML) directions, ga in and phase between the movement of the room and the displacement of the COP variability. and COP position and velocity Analyzes of variance (ANOVAs) and Pearson's correlation test (p<0.05) were performed to test the differences between groups and conditi ons and the correlations between posture variables and items of sensory processing, sensory modulation and emotional responses, as well as the protocol factors section. Similar responses were found between children with ASD and TD, and both groups showed c oupling between visual information and body sway with lower values of Gain and greater position variability and COP speed in the high amplitude trial compared to the trial of low amplitude. coupling, children with ASD show Despite similar results regarding ed a greater amplitude of COP displacement than children 4 with DT in the AP and ML directions in all trials in which visual information was manipulated through the movement of the moving room. In the stationary room conditions, children with ASD showed simi lar performance to the control group. Results of the Sensory Profile by Winnie Dunn clinical test showed an association with the results of body sway amplitude, indicating that greater COP displacements, presented by children, were moderately associated wi th greater impairments in the sensory profile, obtained by the test. It can be concluded that children with ASD have a greater amplitude of body sway when manipulating visual information, despite being influenced by changes in the amplitude parameters of t he visual stimulus, as well as children with TD. In addition, the Sensory Profile by Winnie Dunn test seems to be an accessible and interesting clinical tool for early detection of possible changes in postural control in children with ASD
Descrição
Palavras-chave
Autismo, Controle postural, Integração sensorial, Acoplamento, Processamento visual, Autism, Postural control, Sensory integration, Coupling, Visual processing
Idioma
Português
