Redução da mortalidade após implementação de condutas consensuais em pacientes com infarto agudo do miocárdio

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Data

2004-04-01

Autores

Bordon, Juliana G. [UNESP]
Paiva, Sergio Alberto Rupp de [UNESP]
Matsubara, Luiz Shiguero [UNESP]
Inoue, Roberto M. T. [UNESP]
Matsui, Mirna [UNESP]
Gut, Ana Lúcia [UNESP]
Ferreira, Ana Lúcia dos Anjos [UNESP]
Zornoff, Leonardo Antonio Mamede [UNESP]

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Editor

Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Resumo

OBJETIVO: Comparar a mortalidade em 30 dias com a utilização de determinados grupos de medicamentos por pacientes, entre 1992-1997, quando não se dispunham de condutas consensuais para tratamento do infarto agudo do miocárdio, e de 2000-2002, após a padronização dessas condutas em nosso serviço. MÉTODOS: Avaliados, retrospectivamente, no 1º e 2º períodos, 172 e 143 pacientes respectivamente, admitidos com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio: foram realizados os testes estatísticos: c² para comparar proporções, teste t de Student e o de Mann-Whitney para comparação de médias ou medianas. RESULTADOS: A análise não mostrou diferença em relação aos homens, brancos e a idade média de 61 anos, nos dois períodos. Com relação aos fatores de risco clássicos, foi observada diferença apenas na incidência de dislipidemia (17 e 29%) e, quanto à estratégia terapêutica, aumento significativo do uso de: trombolíticos (39 e 61,5%), ácido acetilsalicílico (70,9 e 96,5%), betabloqueadores (34,8 e 67,8%), inibidor da enzima conversora da angiotensina (45,9 e 74,8%), nitratos (61 e 85,3%) e a redução significativa de bloqueadores de cálcio (16,8 e 5,3%), antiarrítmicos (29,1 e 9,7%) e diuréticos (50,6 e 26,6%). O uso de inotrópicos não diferiu entre os períodos (29,6 e 32,1%). A mortalidade em 30 dias apresentou redução estatisticamente significante de 22,7 para 10,5%. CONCLUSÃO: A implementação das condutas consensuais para o tratamento do infarto agudo do miocárdio foi acompanhada por significante redução da taxa de mortalidade em 30 dias.
OBJECTIVE: To compare 30-day mortality in patients receiving different types of medication from 1992 to 1997, when no consensual treatment for acute myocardial infarction was available, versus 30-day mortality in patients being treated between 2000 and 2002 after standardization of that treatment was obtained in our service. METHODS: In the first and second study periods, 172 and 143 patients, respectively, admitted with the diagnosis of acute myocardial infarction were retrospectively assessed. Their diagnoses were confirmed, and the following statistical tests were performed: the chi-square test for comparing proportions and the Student t test and the Mann-Whitney test for comparing the means or medians. RESULTS: The analysis showed no difference in regard to white men with a mean age of 61 years in the 2 study periods. In regard to the traditional risk factors, a difference was observed only in the incidence of dyslipidemia (17 and 29%). In regard to the therapeutic strategy adopted, the following was observed: 1) a significant increase in the use of thrombolytic agents (39 and 61.5%), acetylsalicylic acid (70.9 and 96.5%), beta-blockers (34.8 and 67.8%), angiotensin-converting enzyme inhibitors (45.9 and 74.8%), and nitrates (61 and 85.3%); and 2) a significant reduction in the use of calcium channel blockers (16.8 and 5.3%), antiarrhythmics (29.1 and 9.7%), and diuretics (50.6 and 26.6%). The use of inotropic agents did not differ between the study periods (29.6 and 32.1%). The 30-day mortality showed a statistically significant reduction from 22.7 to 10.5%. CONCLUSION: The implementation of standard protocols for the treatment of acute myocardial infarction was accompanied by a significant reduction in the 30-day mortality rate.

Descrição

Palavras-chave

infarto do miocárdio, mortalidade, tratamento, myocardial infarction, mortality, treatment

Como citar

Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 82, n. 4, p. 370-373, 2004.