Características de população de profissionais do sexo e sua associação com presença de doença sexualmente transmissível

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Data

2012-08-01

Autores

Dal Pogetto, Maíra Rodrigues Baldin [UNESP]
Marcelino, Larissa Doddi [UNESP]
Carvalhaes, Maria Antonieta de Barros Leite [UNESP]
Rall, Vera Lúcia Mores [UNESP]
Silva, Marcia Guimarães da [UNESP]
Parada, Cristina Maria Garcia de Lima [UNESP]

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Editor

Universidade de São Paulo (USP), Escola de Enfermagem

Resumo

Este estudo teve como objetivo descrever a população de profissionais do sexo, considerando características sociodemográficas, antecedentes gineco-obstétricos e comportamentais, e verificar a associação com a presença de doença sexualmente transmissível. Trata-se de estudo epidemiológico e transversal, realizado com 102 mulheres profissionais do sexo. Os dados foram obtidos por meio de entrevista e exames padrão-ouro para diagnóstico das doenças de interesse. A média de idade das mulheres foi de 26,1 anos, sendo que a maioria tinha nove ou mais anos de aprovação escolar, era solteira e teve coitarca antes dos 15 anos. A prática de sexo oral nos parceiros foi citada por 90,2% das mulheres, 99% delas relataram fazer uso de preservativo no trabalho, apenas 26,3% com parceiros fixos e 42,2% usavam drogas ilícitas. Não houve associação entre fatores sociodemográficos, antecedentes gineco-obstétricos e fatores comportamentais com presença de doença sexualmente transmissível e isso pode ser decorrente da escolaridade e do fato da população estudada possuir características muito semelhantes, dificultando o aparecimento de tais associações.
Se objetivó describir la población de profesionales del sexo, considerándose características sociodemográficas, antecedentes gineco-obstétricos y conductuales, verificando la asociación con la presencia de enfermedad de transmisión sexual. Estudio epidemiológico transversal realizado con 102 mujeres profesionales del sexo. Datos obtenidos mediante entrevistas y exámenes patrón de oro para diagnóstico de enfermedades de interés. Edad promedio de las mujeres: 26,1; la mayoría con nueve o más años de escolarización, solteras, con coitarca antes de los 15 años. El 90,2% refirió practicar sexo oral con sus clientes, 99% trabajaban con preservativos, apenas 26,3% tenía compañero fijo y 42,2% utilizaba drogas ilegales. No existió asociación entre factores sociodemográficos, antecedentes gineco-obstétricos y factores conductuales con presencia de enfermedad de transmisión sexual. Eso puede derivar de la escolarización y del hecho de que la población estudiada poseyera características muy semejantes, dificultándose la aparición de tales asociaciones.
The objectives of this study were to describe a population of sex workers considering their sociodemographic characteristics, gyneco-obstetric history and behavioral factors, and to verify the association of these characteristics with the presence of sexually transmitted diseases. This epidemiological cross-sectional study was performed with 102 female sex workers. Data were collected using structured interviews and gold-standard exams for diagnosis of the diseases of interest. The women's mean age was 26.1 years. Most of them had attended school for nine years or more, were single and reported becoming sexually active before 15 years of age. Performing oral sex on partners was cited by 90.2% of women, and 99% reported the use of condoms at work; only 26.3% used condoms with permanent partners, and 42.2% used illicit drugs. No association was observed between sociodemographic factors, gyneco-obstetric history or behavioral factors and sexually transmitted diseases, which may have been due to their educational status and the fact that the population had very similar characteristics, thus making it difficult to determine such associations.

Descrição

Palavras-chave

Profissionais do sexo, Doenças sexualmente transmissíveis, Saúde da mulher, Epidemiologia, Enfermagem em saúde pública, Trabajadores sexuales, Enfermedades de transmisión sexual, Salud de la mujer, Epidemiología, Enfermería en salud pública, Sex workers, Sexually transmitted diseases, Women's health, Epidemiology, Public health nursing

Como citar

Revista da Escola de Enfermagem da USP. Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem, v. 46, n. 4, p. 875-881, 2012.