O Processo de estrangeirização da Terra no Brasil: estudo de caso da empresa Umoe Bioenergy no município de Sandovalina (SP)

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Data

2015-03-02

Autores

Pereira, Lorena Izá [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

From the agri-food crisis of 2007/2008, we live an intensifying period in the global land rush. The land grabbing is analyzed as a process that occurs on a global scale, especially to countries in Africa and Latin America, the main targets of the current global competition for land, because beyond the earth have low prices and the legislation be flexible, low and ineffective supervision of the state (especially in the issue of environmental and labor laws), also have vast tracts of arable land, with fertile soils and high availability of water resources (the latter element has become relevant in that case analysis). In addressing the land foreignization in the XXI century it is necessary to speak about the issue of biofuels and bioenergy, since it is these that define the current phase of land foreignization in Brazil. In the 1970s occurred the first incentive to produce ethanol in the sugarcane cultivation, with the policy of the National Alcohol Program (PROALCOOL). From the 2000s this interest again sharpened up and foreign capital began to see in Brazil a great opportunity for a production facility and purchase of old agro-processing plants that were implanted in PROALCOOL period but who were disabled. This is the case of Umoe Bioenergy, Norwegian company that in 2006 started its production in the municipalities of Narandiba and Sandhurst, located in the Pontal do Paranapanema region that, in turn, is the region of São Paulo with larger agrarian conflicts, settlements land reform, land grabbing and high poverty rates...
A partir da crise agroalimentar de 2007/2008, vivemos um período de intensificação na disputa mundial por terras. A estrangeirização é analisada como um processo que ocorre em escala global, com destaque para países da África e da América Latina, principais alvos da atual disputa mundial por terras, pois além da terra apresentar baixos preços e a legislação ser maleável, com baixa e ineficaz fiscalização do Estado (sobretudo no quesito da legislação ambiental e trabalhista), também possuem vastas extensões de terras agricultáveis, com solos férteis e alta disponibilidade de recursos hídricos (este último elemento tem-se tornado relevante na análise do referido processo). Ao abordar a estrangeirização da terra no século XXI é necessário dissertar sobre a questão dos agrocombustíveis e agroenergia, uma vez que são estes que definem a atual fase da estrangeirização da terra no Brasil. Na década de 1970 ocorreu o primeiro incentivo para a produção de álcool através do cultivo de cana-de-açúcar, com a política do Programa Nacional do Álcool (PROALCOOL). A partir dos anos 2000 este interesse novamente acentuou-se e capitais estrangeiros passaram a ver no Brasil uma ótima oportunidade para instalação de usinas e compra de antigas plantas agroprocessadoras que foram implantadas no período do PROALCOOL, mas que estavam desativadas. Este é o caso da Umoe Bioenergy, empresa norueguesa que em 2006 iniciou suas produções nos municípios de Narandiba e Sandovalina, localizados na região do Pontal do Paranapanema que, por sua vez, é a região do estado de São Paulo com maiores conflitos agrário, assentamentos de reforma agrária, grilagem de terras e altas taxas de pobreza...

Descrição

Palavras-chave

Geografia, Estrangeiros, Cana-de-açúcar, Etanol, Biocombustíveis, Assentamentos humanos, Geography

Como citar

PEREIRA, Lorena Izá. O Processo de estrangeirização da Terra no Brasil: estudo de caso da empresa Umoe Bioenergy no município de Sandovalina (SP). 2015. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 2015.