Constipação crônica na infância: quanto estamos consultando em Gastroenterologia Pediátrica?

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2007-06-01

Autores

Machado, Nilton Carlos [UNESP]
Carvalho, Mary de Assis [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Sociedade de Pediatria de São Paulo

Resumo

OBJETIVO: Comparar dois períodos em relação ao atendimento de constipação crônica - Tempo A (1992 a 1995) e Tempo B (2002 a 2005), avaliando o número de consultas por problemas gastrintestinais; o número e a porcentagem de consultas de crianças com constipação crônica; e o número de atendimentos de crianças com constipação crônica por período de atendimento. MÉTODOS: No Tempo A, 359 pacientes foram atendidos em um período de quatro horas por semana. No Tempo B, 624 pacientes foram atendidos em três períodos de quatro horas, totalizando 12 horas por semana. RESULTADOS: Houve aumento no número absoluto de pacientes, no número de consultas por problemas gastrintestinais (2,8 vezes) e no número de consultas por constipação crônica (2,6 vezes) no Tempo B, em relação ao Tempo A. Houve manutenção na proporção de consultas por constipação crônica: média de 35,6% no Tempo A e 34,6% no Tempo B. Ocorreu aumento no número de períodos de atendimento no Tempo B (2,9 vezes maior), com igual número de consultas por período de atendimento (média de 17,4 no Tempo A e 16,6 no Tempo B) e de consultas por constipação crônica por período de atendimento (média de 6,1 no Tempo A e 5,5 no Tempo B). CONCLUSÕES: O aumento no número absoluto, e não na proporção de atendimentos por constipação crônica, pode ter ocorrido pela manutenção da prevalência populacional deste distúrbio, gerando demanda contida de encaminhamento pelo pediatra generalista. O despreparo do pediatra generalista para o atendimento deste problema poderia levar a um aumento no número de encaminhamentos aos pediatras especialistas.
OBJECTIVE: To compare two periods (A - 1992-1995 and B - 2002-2005) regarding the number of office visits for chronic constipation, considering the number of visits for gastrointestinal problems; the number and percentage of visits for chronic constipation; and the number of visits for constipation per period of care. METHODS: During period A, 359 patients were assisted for a period of four hours/week. During period B, 624 patients were assisted at three different periods of four hours/week. RESULTS: From A to B, there was an increase in: number of patients assisted, number of visits due to gastrointestinal problems (2.8 times) and number of visits due to constipation (2.6 times). However, the proportion of visits due to constipation was similar in both periods (A - 35.6% and B - 34.6%). Also, there was a rise in the number of periods for clinical assistance in Time B (2.9 times greater), with an equal mean number of visits per period (A - 17.4 and B - 16.6) and mean visits due to constipation per period (A- 6.1 and B - 5.5). CONCLUSIONS: The increase number, but not proportion, of visits for constipation may have occurred due to a stable population prevalence of this disorder, generating demand beyond the capacity for referral by generalist pediatricians. Also, the lack of skill of the generalist pediatrician to manage this clinical problem could have increased the number of referrals to specialists.

Descrição

Palavras-chave

constipação intestinal, agendamento de consultas, epidemiologia, constipation, appointments and schedules, epidemiology

Como citar

Revista Paulista de Pediatria. Sociedade de Pediatria de São Paulo, v. 25, n. 2, p. 114-118, 2007.