Acidose ruminal subaguda em ovinos Santa Inês: estudo clínico, laboratorial e avaliação da laminite por termografia infravermelha e radiologia digital

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Data

2016-01-26

Autores

Girardi, Annita Morais [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

This study evaluated the use of infrared termography and digital radiologic examination as early diagnostic tools for laminitis in sheep with experimentally induced subacute ruminal acidosis, and the effects of long-term ingestion of a high concentrate diet on clinical and laboratory variables. Seven adult ewes with permanent rumen cannula were used, which did not have any previous ingestion of concentrate feed. For the induction of ruminal acidosis, it was added to the roughage, 10% of concentrate feed until reach 80%, percentage held to the end of the 19-week experiment. Diarrhea signs were observed from fourth to 22nd day and laminitis from fifth to 24th day. Ruminal fluid was predominantly liquid, sour-smelling and yellowish. Initial increases of heart rate, sedimentation and flotation time, platelets, segmented neutrophils, AST, ALP, GGT, ionized calcium, magnesium, glucose, urea, triglycerides, indirect and total bilirubin were noted. At the beginning of the experiment, there was reduction of respiratory rate, lymphocytopenia, monocytopenia, hypocalcemia, hypophosphatemia, hyponatremia, hypoproteinemia, and hypocholesterolemia. Ruminal movement rate, methylene blue reduction time, creatinine, direct bilirubin, lactate and CK blood levels decreased, while body temperature, weight and score, eosinophils, albumin, chloride and potassium blood levels increase throughout the period. Ruminal pH reduction occurred within the first days, despite its maintenance above 5.5 during the 19 weeks. Respiratory and metabolic mechanisms, mainly urine acidification, remained the blood pH between physiologic limits for sheep. Sixteen protein fractions were separated by electrophoresis, among them eight proteins of unknown functions, identified by their molecular weights. Most acute phase proteins and the immunoglobulins identified in the electrophoretic fractionation varied throughout the observation period, suggesting inflammation. No macroscopic alteration was detected at necropsy. The digital radiology did not allow the identification of podal changes resulting from laminitis during the trial period. Infrared thermography has detected increases in the maximum temperature of the hoof wall, even without the clinical manifestation of pain, indicating that this technique can be an useful tool to detect laminitis in sheep at an early stage of the disease.
Este estudo avaliou o uso da termografia infravermelha e do exame radiológico digital como ferramentas de diagnóstico precoce da laminite em ovinos com acidose ruminal subaguda induzida experimentalmente e os efeitos da ingestão prolongada de alta proporção de alimento concentrado sobre as variáveis clínicas e laboratoriais. Foram utilizadas sete ovelhas adultas, com cânulas ruminais permanentes, que não tiveram prévio contato com alimento concentrado. Para a indução da acidose ruminal, incluiu-se ao volumoso, diariamente, 10% de alimento concentrado até atingir 80%, porcentagem mantida até completarem 19 semanas. A observação dos sinais de diarreia deu-se do quarto ao 22º dia e de laminite do quinto ao 24º dia. O fluido ruminal foi predominantemente líquido, de odor ácido e coloração amarelada. Observou-se elevação inicial nos valores da frequência cardíaca, tempo de sedimentação e flotação no fluido ruminal, plaquetas, neutrófilos segmentados, AST, FA, GGT, cálcio ionizado, magnésio, glicose, ureia, triglicérides e bilirrubinas indireta e total. No início do experimento, notou-se redução da frequência respiratória, linfocitopenia, monocitopenia, hipocalcemia, hipofosfatemia, hiponatremia, hipoproteinemia e hipocolesterolemia. A frequência de movimentos ruminais, o tempo de redução do azul de metileno, os níveis sanguíneos de creatinina, bilirrubina direta, lactato e CK foram reduzidos, enquanto as médias de temperatura, peso e escore corporal, eosinófilos, albumina, cloretos e potássio no sangue aumentaram durante todo o período de observação. Redução do pH ruminal ocorreu nos primeiros dias, a despeito de sua manutenção acima de 5,5 durante as 19 semanas de observação. Mecanismos compensatórios respiratórios e metabólicos, principalmente a acidificação da urina, mantiveram o pH sanguíneo dentro dos limites fisiológicos considerados para a espécie ovina. Dezesseis frações proteicas séricas foram separadas pela eletroforese, dentre elas oito proteínas identificadas pelos seus pesos moleculares, de funções desconhecidas. A maioria das proteínas de fase aguda e as imunoglobulinas identificadas no fracionamento eletroforético variaram durante o período de observação, sugerindo reação inflamatória. Nenhuma alteração macroscópica foi detectada à necropsia. A radiologia digital não permitiu a identificação de alterações podais decorrentes de laminite durante o período de avaliação. A termografia infravermelha detectou aumentos na temperatura da parede do casco mesmo sem a manifestação clínica de dor, indicando que esta técnica pode ser uma ferramenta útil para detectar laminite em ovinos numa fase precoce de evolução da doença.

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Palavras-chave

Acute phase response, Biochemistry, Hematology, Radiography, X-ray, SDS-PAGE, Bioquímica, Hematologia, Radiografia, Raios X, Resposta de fase aguda

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