Formação continuada em educação sexual de professores da rede pública municipal de Presidente Prudente - SP

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Data

2013

Autores

Guibu, Gelson Yoshio [UNESP]
Otsuka, Berta Lucia Massame [UNESP]
Nascimento, Inaê Elias do [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução - De acordo com os Parametros Curriculares Nacionais - PCN (2001, p. 114), um trabalho contínuo de educação sexual permitiria que os alunos refletissem acerca da própria sexualidade, o que poderia levar à ampliação da consciência da necessidade de comportamentos preventivos. Diversas pesquisas mostram que a grande maioria dos professores considera necessário que a escola efetue um trabalho de educação sexual com os alunos, mas, na prática, isto não ocorre, porque os professores se sentem despreparados para faze-lo, já que não receberam nenhuma formação específica, nem na graduação, nem na formação continuada. Objetivos - O presente trabalho discute as ações de formação continuada em educação sexual para professores dos anos iniciais do ensino fundamental em Presidente Prudente - SP, em duas escolas das zonas norte e leste, que se iniciaram no segundo semestre de 2011 e continuam em andamento. Métodos - Esta formação continuada vem sendo desenvolvida por meio da pesquisa-ação, em horário de HTPC, com duração de duas horas, a cada três semanas. Resultados - Desenvolvemos atividades para esclarecer o conceito de sexualidade infantil, pois pesquisa por nós efetuada no final de 2010, com aproximadamente 50% dos professores da rede municipal de ensino, apontou que 43,2% deles desconheciam ou discordavam da existência da sexualidade desde o nascimento. Outras ações visaram capacitar os professores para que eles possam ensinar as crianças a adotar atitudes de autoproteção em relação à violência e ao abuso sexual, que pode ser definido como todo ato sexual homo ou heterossexual, no qual o agressor encontra-se em um estágio mais avançado do desenvolvimento psicossocial do que a vítima. O abuso sexual ocorre com ou sem contato sexual, como nos casos de voyeurismo/exibicionismo, produção e circulação de fotos, etc., e com ou sem penetração; inclui também as situações que implicam em exploração sexual, como prostituição e pornografia, e seus efeitos podem ser devastadores. Em Presidente Prudente, segundo dados do Centro de Referencia Especializada de Assistencia Social (CREAS), sobre atendimentos de crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual, em 2001 foram 38 casos, e em 2006, 168 atendimentos, um aumento impressionante de 442%, sendo que a maioria dos casos situou-se nas zonas norte e leste do município, justamente as áreas de maior exclusão social. Em 2006, em Presidente Prudente, o índice de violência sexual foi de 0,24%, mais do que o dobro do índice oficial do Brasil, de 0,1% observado em 2005.

Descrição

Palavras-chave

Formação continuada, Educação sexual, Sexualidade infantil, Abuso sexual

Como citar

CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 7., 2013, Águas de Lindólia. Anais... São Paulo: PROEX; UNESP, 2013, p. 09805