Geografia do crime de Marília-sp: diagnósticos e ações públicas e comunitárias de prevenção

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Data

2003

Autores

Félix, Sueli Andruccioli [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: compreender a dinâmica criminal não significa detectar os espaços de crimes/criminosos e suas características para ações repressivas. significa, antes de tudo, entender os seus processos operacionais para antecipar-se a ele. preveni-lo. a prevenção deve ser comunitária, com políticas que intervenham positivamente nas suas causas últimas que são o esfacelamento das relações sociais e a carência de atendimento às necessidades básicas e de outros serviços que valorizem a cidadania. objetivos: subsidiar ações públicas de prevenção criminal, contemplando as necessidades básicas da população através de uma série de ações sociais integradas entre a universidade, órgãos de segurança pública, poder executivo e comunidade (consegs - conselhos comunitários de segurança e associações de bairros), visando à incrementação de políticas preventivas integradas - polícia comunitária. métodos e técnicas: desenvolveu-se um banco de dados criminais e demográficos (cerca de 12.000 boletins de ocorrências criminais – bo´s - 2000 e 2001) que permitiu a elaboração de mapas (criminais e de indicadores sociais) e o planejamento de ações públicas e comunitárias de prevenção do crime e demais problemas urbanos propiciadores de distúrbios sociais; criação de um software, instalado em todos os distritos policiais e delegacias especializadas para a elaboração de b.o´s e alimentação automática do banco de dados. resultados: abertura de espaço de discussão entre as polícias, a comunidade e pesquisadores através do trabalho cotidiano e de encontros de segurança pública e cidadania, do fórum permanente de discussão de problemas urbanos e da formação do comitê de prevenção da violência em marília com a participação das secretarias de estado, secretarias municipais e demais entidades afetas às questões urbanas. com o projeto, pretende-se desenvolver uma nova concepção de ordem pública pelo caminho da reeducação da polícia e da população, num processo de conscientização de seus papéis: além do desempenho de funções tradicionais, os policiais instruem os cidadãos sobre regras básicas de prevenção, participam de reuniões com os moradores (associações de bairros e conseg’s) para a organização de estratégias coletivas e intermedeiam o contato dos cidadãos com outras agências (governamentais ou não), na busca de soluções para a comunidade. além disso, a população está sendo reeducada para o exercício da cidadania nos dois sentidos: direitos e deveres. após a implantação definitiva do projeto, no final da fase ii em dez/2003, caberá aos órgãos de segurança e à comunidade a tarefa de dar continuidade e expandir as ações programadas, num processo contínuo e efetivo de atuação integrada no combate à criminalidade.

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