Atividades práticas para o ensino de ciências no nível fundamental

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Data

2003

Autores

Lopes, Deisy Piedade Munhoz [UNESP]
Stein-Barana, Alzira Cristina de Mello [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Tradicionalmente o ensino de Ciências, no nível fundamental (da 8a. série), tem se baseado na transmissão de informações em aulas quase sempre expositivas e na ausência de atividades experimentais. Essa vem sendo a realidade do ensino de Ciências na maioria das escolas da rede pública. É imprescindível estimular as crianças e adolescentes a descobrir a beleza da Física desenvolvendo nelas o gosto pela investigação através de um trabalho artesanal e criativo. É primordial associar a ciência ao prazer da descoberta dando ênfase aos fenômenos do dia a dia. A inexistência de laboratório não pode ser uma justificativa para a ausência dessa prática nas escolas. Objetivos: Preencher esta lacuna, gerando material didático de baixo custo a partir de sucatas, materiais reciclados e ferramentas de uso doméstico. Despertar o interesse e a curiosidade dos estudantes do nível fundamental pelos fenômenos físicos, levando em consideração suas experiências cotidianas, sua idade e identidade sócio-cultural. Desenvolver no aluno licenciando em Física (bolsistas do projeto) o interesse em gerar experimentos adequados à maturidade e a condição social dos alunos da escola brasileira. Motivar o professor a utilizar tais recursos e fornecendo-lhe material de apoio. Método: Inicialmente foram selecionados os temas de acordo com parâmetros curriculares nacionais para ciências naturais elaborado pelo MEC e contemplamos o conteúdo de 5a. a 8a. série. Foram desenvolvidos experimentos e elaborados os roteiros. Após o contacto com as escolas públicas e a seleção dos alunos, realizamos as atividades práticas com 64 crianças, recebendo-as nas dependências do Departamento de Física. Finalmente, discutimos e avaliamos o desempenho, a motivação e a contribuição do material para o aprendizado dos alunos. Com o bolsista, elaboramos modificações e complementamos o que foi julgado necessário. Resultados: Os alunos que participaram do projeto pertencem a uma escola que agrupa pessoas de classe média baixa. Poucos têm o hábito de consultar bibliotecas, acesso a microcomputadores, contato com equipamentos simples como um termômetro clínico, por exemplo. A construção de seus próprios kits revelou-se um desafio e a realização do experimento uma conquista que despertou grande entusiasmo e orgulho por parte de cada criança. A superação de cada obstáculo gerava um salutar aumento da auto-estima.Vimos que o projeto preenche uma lacuna tanto no aspecto do ensino de ciências, no desenvolvimento do raciocínio, no formular associações, quanto no caráter social em atender classes menos privilegiadas e mostrar-lhes que existe um potencial latente em cada aluno e que ele pode ser desenvolvido.

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