Publicação: Monitoramento genético e de balanço redox em médicos residentes ocupacionalmente expostos aos anestésicos inalatórios
Carregando...
Arquivos
Data
Autores
Orientador
Braz, Mariana Gobbo 

Coorientador
Pós-graduação
Anestesiologia - FMB
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Dissertação de mestrado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O presente estudo monitorou os danos genéticos, citotóxicos e de estresse oxidativo em médicos expostos ocupacionalmente aos anestésicos inalatórios durante o primeiro ano de residência médica. Esse follow-up foi realizado no Hospital das Clínicas de Botucatu em 26 jovens médicos atuantes em salas cirúrgicas com sistema parcial de exaustão de ar e expostos ocupacionalmente aos modernos anestésicos isoflurano, sevoflurano e desflurano, juntamente ao óxido nitroso. Amostras de sangue foram coletadas antes do início do programa de residência médica em anestesiologia e cirurgia (antes da exposição) e após seis meses e um ano de exposição. Os participantes foram avaliados quanto à genotoxicidade (quebras de DNA, pelo teste do cometa), citotoxicidade (apoptose precoce e perda de potencial de membrana mitocondrial, por citometria de fluxo) e marcadores de estresse oxidativo (peroxidação lipídica por dosagens de malonaldeído e 4-hidroxinonenal; oxidação proteica por dosagem de proteínas carboniladas e teste de capacidade antioxidante). Não foram encontradas alterações significativas nos biomarcadores de genotoxicidade (p = 0,15), citotoxicidade (p > 0,05) e malonaldeído (p = 0,69) e 4-hidroxinonenal (p = 0,84) plasmáticos ao longo dos três momentos avaliados. Por outro lado, houve aumento significativo de marcador de oxidação lipídica (malonaldeído detectado em hemácias lavadas; p = 0,007) e proteica (proteínas carboniladas) aos seis meses de exposição, sendo que as proteínas carboniladas tiveram aumento progressivo até os 12 meses de exposição (p < 0,001). Também houve aumento da capacidade antioxidante após um ano de exposição ocupacional (p < 0,001). Assim, o biomonitoramento durante o primeiro ano de residência médica mostrou que a exposição às concentrações residuais dos anestésicos não induz danos celulares precoces em médicos residentes, entretanto já demonstra indução de estresse oxidativo. Portanto, é de grande relevância a continuação do seguimento deste estudo nesses jovens profissionais, em início de carreira, a fim de se compreender os possíveis mecanismos e efeitos tóxicos que a exposição aos anestésicos inalatórios pode ocasionar, por se tratar de importante questão ocupacional.
Resumo (inglês)
The present study monitored genetic and cytotoxic damages, beyond oxidative stress in physicians occupationally exposed to inhalation anesthetics during the first year of medical residency. This follow-up was performed at the “Hospital das Clínicas de Botucatu” in 26 young physicians who worked in partially scavenging operating rooms and were occupationally exposed to the modern anesthetics isoflurane, sevoflurane and desflurane, together with nitrous oxide. Blood samples were collected before the start of the residency program in anesthesiology and surgery (before exposure) and after ½ year and one year of exposure. The subjects were monitored for genotoxicity (DNA breaks, by comet assay), cytotoxicity (early apoptosis and loss of mitochondrial membrane potential, by flow cytometry) and markers of oxidative stress (malondialdehyde and 4-hydroxynonenal; protein carbonyls; and antioxidant capacity). There were no significant differences concerning genotoxicity (p = 0.15), cytotoxicity (p > 0.05), plasma malondialdehyde (p = 0.69) and 4-hydroxynonenal (p = 0.84) among the three time points. On the other hand, there was a significant increase of lipid (malondialdehyde detected in washed red blood cells; p = 0.007) and protein (protein carbonyls) oxidation markers at six months of exposure, and the protein carbonyls showed progressive increase until 12 months of exposure (p < 0.001). There was also an increase in antioxidant capacity after one year of occupational exposure (p < 0.001). Thus, biomonitoring during the first year of medical residency showed that exposure to waste concentration of anesthetics does not induce early cell damage in these physicians; however, it already leads to oxidative stress. Therefore, it is of great importance to continue this follow-up in these young professionals, at the beginning of their careers, to have better understanding of the possible mechanisms and toxic effects of exposure to inhalation anesthetics, since this is an important occupational issue.
Descrição
Palavras-chave
Exposição ocupacional, Anestésicos inalatórios, Médicos residentes, Genotoxicidade, Apoptose, Estresse oxidativo
Idioma
Português