Relação “alimento no final de vida”: o significado para o familiar cuidador

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Data

2018-02-28

Autores

Komuro, Jéssica Emy

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução Quando o paciente não tem a possibilidade de cura, o familiar enfrenta diversos desafios, inclusive o do cuidado da alimentação. Objetivo Compreender o significado da alimentação para o familiar de pacientes fora de possibilidade terapêutica de cura. Método Foi utilizada a abordagem fenomenológica social de Alfred Schütz. A pergunta norteadora utilizada foi: "Conte para mim como tem sido para o senhor(a) lidar com a alimentação que o (paciente) está recebendo?" Resultados e discussão Foram realizadas seis entrevistas que foram analisadas seguindo os passos metodológicos da Análise Ideográfica e Nomotética da fenomenologia. Emergiram duas categorias: "Associando o comprometimento da alimentação com a finitude" e "Desafios frente ao comprometimento alimentar". O familiar cuidador, frente a evolução da doença, vê no agravamento da dificuldade para alimentação o anuncio do fim. Relaciona a alimentação ao prazer e ao bem estar, tendo-a como uma forma de dar amor e conforto ao paciente. Para os familiares privar o paciente de um dos poucos prazeres que ele ainda tem - a alimentação - é muito difícil, e por isso transferem e confiam essa responsabilidade para os profissionais. Considerações finais O familiar cuidador relaciona o comer com o bem estar do paciente, e também como uma forma de transmitir o seu amor e zelo ao paciente. O comprometimento da alimentação torna visível e concreto a progressão e permanência da doença, o que sinaliza a aproximação da finitude e que aos olhos do familiar é muito doloroso.
Introduction When the patient doesn’t have the possibility of a cure, the family member faces several challenges, including food care. Objective To understand the meaning of feeding for the family of patients with no possible recovery. Method The social phenomenological approach of Alfred Schütz has been used. The guiding question was: "Tell me how it has been for you to deal with the food that (the patient) is receiving?" Results and discussion Six interviews were made and analyzed, following the methodological steps of phenomenology’s Ideographic and Nomothetic Analysis. Two categories emerged: "Associating the commitment of food with finitude" and "Challenges for food commitment". The caregiver, faced with the evolution of the disease, sees the worsening of the difficulty of feeding as the announcement of the end. It relates food to pleasure and well-being, having it as a way of giving love and comfort to the patient. For family members to deprive the patient of one of the few pleasures he still has - food - is very difficult, and so they transfer and entrust this responsibility to professionals. Final considerations The family caregiver relates eating with the patient's well-being, and also as a way of conveying his love and care to the patient. Feeding impairment makes the progression and permanence of the disease visible and concrete, which signals the approximation of finitude and which in the eyes of the familiar is very painful.

Descrição

Palavras-chave

familiar cuidador, alimentação, pesquisa qualitativa, hospitalização, cuidados paliativos na terminalidade da vida, caregiver, feeding, qualitative research, hospitalization, Hospice Care

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