O Bildungsroman e A menina que roubava livros: intertextualidades e transgressões

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Data

2016

Autores

Costa, Eliana Vassallo [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

This research aims to analyze two aspects of the novel The Book Thief, by the author Markus Zusak, while it focus on the background of the traditional Bildungsroman, the coming-of-age novel or novel-of-self-cultivation, a German narrative genre that, in its traditional form, centralizes the process of growth and development of the protagonist from childhood until her maturity. The reading will focus on the interpretation of the novel from two guiding literary elements, the protagonist and the narrator. This paper will deal first with a brief historical and literary conceptualization of the coming-of-age novel. In a second moment, it will be analyzed in the novel of Zusak the main events that indicate the protagonist's intellectual, moral and political development: informal education and her relationship with mentor characters, the first case of teenage love and her relation with the words and reading. Finally, this reading will approach the Death as the storyteller of the gradual development of the protagonist, through a speech filled by irony, intrusions and judgments. Therefore, this research, supported by a narrative genre - traditional and historically situated in late eighteenth-century German society - investigates its intertextuality with The Book Thief, an Australian bestseller sold on a global scale in the twenty-first century. Simultaneously, reveals its divergences from tradition, granting the novel, from the voice of the storyteller, a peculiar perspective of the protagonist on the Nazi regime in Germany
Esta pesquisa tem como objetivo analisar dois aspectos do romance A menina que roubava livros, do autor Markus Zusak, ao passo que aborda como plano de fundo também o tradicional Bildungsroman, o romance de formação, um gênero narrativo alemão que, em sua forma tradicional, centraliza o processo de crescimento e desenvolvimento do protagonista da infância até sua maturidade. A leitura realizada focalizará a interpretação do romance a partir de um recorte de dois elementos literários norteadores, a protagonista e a narradora. Tratar-seá neste trabalho, primeiramente, sobre uma breve conceituação histórica e literária do romance de formação. Serão analisados no romance de Markus Zusak, em um segundo momento os principais eventos que indicam o desenvolvimento intelectual, moral e político da protagonista: a educação informal e sua relação com personagens mentores, o primeiro caso de amor adolescente e a sua relação com as palavras e a leitura. Por fim, este trabalho abordará a Morte como narradora do desenvolvimento gradual da protagonista, por meio de um discurso permeado de ironia, de intromissões e julgamentos. Assim, esta pesquisa, tendo como suporte um gênero narrativo - tradicional e situado historicamente na sociedade alemã do final do século XVIII - investiga a sua intertextualidade com A menina que roubava livros, um bestseller australiano vendido à escala global no século XXI. Evidencia, simultaneamente, seus desvios em relação à tradição, concedendo ao romance, a partir da voz da narradora, uma peculiar perspectiva da protagonista sobre o regime nazista na Alemanha

Descrição

Palavras-chave

Zusak, Markus 1975 A menina que roubava livros, Histórias de formação, Intertextualidade, Bildungsromans

Como citar

COSTA, Eliana Vassallo. O Bildungsroman e A menina que roubava livros: intertextualidades e transgressões. 2016. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Letras) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Araraquara), 2016.