Limitação da dispersão pela distância e diversidade genética das sementes dispersas de palmito Juçara em fragamentos da Mata Atlântica
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Data
2016
Autores
Lucas, Marília Souza [UNESP]
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
Seed dispersal allows the seeds to be carried away from the parent plant, leading to the colonization of new habitats and escape from areas with higher mortality. Seed dispersal by animals is a complex process influenced by several factors, including the number and behavior of dispersers. Large frugivores are important to long-distance seed dispersal, they can connect fragmented populations and promote gene flow. Longer dispersal events also promote greater overlap of the seed rain from different plants in the population, decreasing the spatial genetic structure at fine scales. Therefore, the loss of these animals can reduce the dispersal distance, increasing the deposition of seeds under the mother plant and therefore increasing the genetic structure in the initial stages of recruitment. In this context, the present study investigated the seed dispersal distance limitation and the genetic diversity of dispersed seeds of E. edulis using molecular tools. We hypothesized that the dispersal of seeds and genes would be reduced in forest fragments that no longer have large-body disperser birds, such as toucans and cotingas. For this, we collected seeds dispersed in 15 sampling stations arranged in two forest fragments and two more preserved forest remnants. In addition, we collect stem samples of reproductive palms within an eight meter-radius from the seed traps. We used eight microsatellite molecular markers to estimate genetic diversity (heterozygosity, allelic richness and inbreeding coefficient), assign maternity and calculate genetic relatedness between seeds. There were no differences in genetic diversity between adults and seeds when comparing the defaunated fragments and large forest remnants. In general adults presented higher levels of heterozygosity, lower allelic richness and inbreeding coefficients. Less than 2% of the seeds were assigned maternity to neighboring adult...
A dispersão de sementes possibilita que as sementes sejam carregadas longe da planta-mãe, permitindo a colonização de novos habitats e escape de zonas de maior mortalidade. A dispersão de sementes por animais é um processo complexo influenciado por diversos fatores, dentre eles o número e o comportamento de dispersores. Os frugívoros de grande porte são importantes na dispersão de sementes a longas distâncias podendo conectar populações fragmentadas e promover o fluxo gênico. Uma maior distância de dispersão também possibilita uma maior sobreposição das chuvas de sementes oriundas de plantas distintas na população, fazendo com que indivíduos próximos sejam menos aparentados geneticamente. Portanto, a perda desses animais pode levar a uma redução na distância da dispersão, acarretando no aumento da deposição de sementes sob a planta mãe e à maior estrutura genética nos estágios iniciais de recrutamento. O presente trabalho investigou a limitação da dispersão pela distância e a diversidade genética das sementes dispersas de E. edulis através de ferramentas moleculares. Nós hipotetizamos que a dispersão de sementes e de genes seria mais reduzida em fragmentos florestais que já não possuem as grandes aves dispersoras de sementes, como tucanos e cotingídeos, do que em reservas florestais. Para tanto, coletamos sementes dispersas em 15 estações amostrais em dois fragmentos florestais e dois remanescentes florestais mais preservados. Além disso, coletamos amostras do caule de palmitos reprodutivos em um raio de 8 metros a partir dos coletores de sementes. Utilizamos oito marcadores moleculares de microssatélites para calcular as métricas de diversidade genética (heterozigosidade, riqueza alélica e coeficiente de endogamia), atribuir maternidade das sementes às planta-mães e calcular a coancestria entre indivíduos. Não foram encontradas...
A dispersão de sementes possibilita que as sementes sejam carregadas longe da planta-mãe, permitindo a colonização de novos habitats e escape de zonas de maior mortalidade. A dispersão de sementes por animais é um processo complexo influenciado por diversos fatores, dentre eles o número e o comportamento de dispersores. Os frugívoros de grande porte são importantes na dispersão de sementes a longas distâncias podendo conectar populações fragmentadas e promover o fluxo gênico. Uma maior distância de dispersão também possibilita uma maior sobreposição das chuvas de sementes oriundas de plantas distintas na população, fazendo com que indivíduos próximos sejam menos aparentados geneticamente. Portanto, a perda desses animais pode levar a uma redução na distância da dispersão, acarretando no aumento da deposição de sementes sob a planta mãe e à maior estrutura genética nos estágios iniciais de recrutamento. O presente trabalho investigou a limitação da dispersão pela distância e a diversidade genética das sementes dispersas de E. edulis através de ferramentas moleculares. Nós hipotetizamos que a dispersão de sementes e de genes seria mais reduzida em fragmentos florestais que já não possuem as grandes aves dispersoras de sementes, como tucanos e cotingídeos, do que em reservas florestais. Para tanto, coletamos sementes dispersas em 15 estações amostrais em dois fragmentos florestais e dois remanescentes florestais mais preservados. Além disso, coletamos amostras do caule de palmitos reprodutivos em um raio de 8 metros a partir dos coletores de sementes. Utilizamos oito marcadores moleculares de microssatélites para calcular as métricas de diversidade genética (heterozigosidade, riqueza alélica e coeficiente de endogamia), atribuir maternidade das sementes às planta-mães e calcular a coancestria entre indivíduos. Não foram encontradas...
Descrição
Palavras-chave
Genetica vegetal, Sementes, Animais frugivoros, Variação genética, Palmito, Mata Atlântica
Como citar
LUCAS, Marília Souza. Limitação da dispersão pela distância e diversidade genética das sementes dispersas de palmito Juçara em fragamentos da Mata Atlântica. 2016. 49 f. Trabalho de conclusão de curso (Ecologia) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências (Campus de Rio Claro), 2016.