Preferência e percepção do desconforto por pacientes adultos submetidos a tratamento ortodôntico com bráquetes convencionais e autoligáveis: um estudo clínico randomizado split-mouth

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Data

2019-03-22

Autores

Shibasaki, Wendel Minoro Muniz

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O ortodontista necessita ponderar entre a melhor evidência científica disponível, a sua experiência profissional e as preferências do paciente para a tomada de decisão clínica. A decisão entre bráquetes autoligáveis (BA) ou convencionais (BC) pode ser fundamentada com estudos comparando sua eficiência clínica e aspectos profissionais de manuseio dos bráquetes, mas poucos estudos abordam as percepções do paciente e nenhum compara e quantifica a preferência e a percepção de desconforto dos pacientes, distinguindo-a da sensibilidade dolorosa. Um estudo clínico randomizado e controlado split-mouth de centro único foi conduzido com esse objetivo. Métodos: Vinte e seis participantes com média de 28,8(11,5) anos, com má oclusão simétrica, foram convocados para participar da pesquisa. Cada paciente teve um hemiarco superior randomizado para instalação de BA, enquanto o hemiarco contralateral era instalado os BC, ao mesmo tempo (T0). O cegamento apenas foi possível para o pesquisador. A preferência foi consultada após 30 dias e quantificada pela técnica willigness-to-pay (WTP), enquanto o nível de desconforto foi medido por escala visual analógica (EVA) antes da instalação(T0), imediatamente após a instalação (T1), 7 dias após a instalação (T2) e 30 dias após a instalação e com fio amarrado (T3). Índices de placa (IP) e gengival(IG) foram feitos em T0 e T3. Resultados: Os pacientes percebem diferença entre os modelos usados. Ao final, 17 pacientes preferiram os bráquetes convencionais, enquanto 9 preferiram os autoligáveis. Os pacientes que escolheram os BC estavam dispostos a pagar mais por sua escolha (46%) que aqueles que optaram pelos BA (23%). Os dois modelos de bráquetes comparados causam desconforto semelhante. Os índices periodontais (IP e IG) aumentaram com o uso de bráquetes, independente do modelo. Conclusões: Os pacientes percebem diferenças entre os bráquetes, mas não há diferença estatística entre o desconforto, nem do aumento dos índices periodontais, causados pelos dois modelos de bráquetes. A preferência entre os modelos de bráquetes é semelhante, mas os pacientes que preferiram os BC estavam dispostos a pagar mais por sua escolha.
ABSTRACT Introduction: The orthodontist needs to balance between the best available scientific evidence, his professional experience and the patient's preferences for clinical decision-making. The decision between self-ligating (SLB) or conventional (CB) brackets can be based on studies comparing their clinical efficiency and professional aspects of bracket manipulation, but few studies address the patient's perceptions and none compares and quantifies preference and perception of discomfort of patients, distinguishing it from pain sensitivity. A single-center, randomized, controlled split-mouth trial was conducted with this goal. Methods: Twenty-six participants with a mean age of 28.8 (11.5) years with symmetric malocclusion were invited to participate in the study. Each patient had a superior hemiarch randomized to bonding SLB, while the contralateral hemiarch had CB bonded at the same time (T0). Blinding was only possible for the researcher. The preference was consulted after 30 days and quantified by the willigness-to-pay (WTP) technique, while the level of discomfort was measured by visual analogue scale (VAS) before bonding (T0), immediately after bonding (T1), 7 days after bonding (T2) and 30 days after bonding and with wire tied (T3). Plaque and gingival index were made in T0 and T3. Results: Patients perceive difference between the models used. In the end, 17 patients preferred the conventional, while 9 preferred the self-ligation brackets. Patients who chose CBs were willing to pay more for their choice (46%) than those who chose SLB (23%). The two models of brackets compared cause similar discomfort. Periodontal index (PI and GI) increased with the use of brackets, regardless of the model. Conclusions: The patients perceived differences between the brackets, but there is no statistical difference between the discomfort nor the increase of the periodontal index caused by the two models of brackets. The preference between bracket models is similar, but patients who preferred CBs were willing to pay more for their choice.

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Palavras-chave

Braquetes ortodônticos, Análise de custo-benefício, Percepção, Orthodontic brackets, Perception, Cost-benefit analysis

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