Integração regional na América Latina: a Unasul no contexto de ascensão e queda dos governos de esquerda

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Data

2019-03-12

Autores

Costa, Jackeline Ferreira da

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

O fenômeno de estreitamento de distâncias e flexibilização de fronteiras denominado globalização afeta profundamente as relações dos atores sociais e políticos no cenário mundial. No entanto, a visão que se tem de globalização pode não ser a única existente, destacando-se seu caráter hegemônico de atuação que favorece classes economicamente privilegiadas. Em contrapartida, globalizações contra hegemônicas podem ser identificadas e pensadas para combater essas desigualdades. Nesse novo sistema mundial, a soberania do Estado-Nação é posta em xeque. A fim de se fortalecer, Estados voltam-se à integração regional, unindo-se a blocos que agem, agora, a nível global. Os projetos de integração regional na América Latina, principalmente no século XX, tiveram grande influência hegemônica, com forte caráter econômico. No entanto, no início do século seguinte, é possível perceber o advento do regionalismo pós-liberal ou pós-hegemônico, materializado, entre outras iniciativas, pela União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), projeto que busca uma contraposição à influência estadunidense e ao Consenso de Washington. A organização, ademais, foi construída no contexto de ascensão dos governos de esquerda na América do Sul e marca o delineamento da região como ator político no cenário internacional. Contudo, os anos 2010 apresentaram a queda dos governos de esquerda e a ascensão de uma onda conservadora, com um forte viés nacionalista, ao redor do mundo, que coloca a efetivação da UNASUL em questão. O presente trabalho tratará da integração regional historicamente ligada à região da América Latina em busca de contextualizar essa mudança no jogo político.

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Palavras-chave

UNASUL, América Latina, Integração regional

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