Eficácia do avanço maxilo-mandibular no tratamento da síndrome da apneia obstrutiva do sono: revisão sistemática e meta-análise.

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Data

2019-11-26

Orientador

Weber, Silke Anna Theresa

Coorientador

Pós-graduação

Cirurgia e Medicina Translacional - FMB

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Dissertação de mestrado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Introdução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada por episódios repetitivos de obstrução das vias aéreas superiores (VAS) durante o sono apresentando sintomas clínicos que afetam a qualidade de vida do indivíduo. As deformidades dento-esqueléticas como a retrusão maxilo-mandibular podem ser fatores de risco para a síndrome por alterarem ou diminuírem o volume das VAS. Nesse contexto, o avanço maxilo-mandibular pode ser uma opção de tratamento da SAOS por promover um aumento volumétrico faríngeo, já bem documentado na literatura científica. No entanto, é necessária uma avaliação que demonstre o efeito dessa cirurgia nos parâmetros polissonográficos, dentre os quais se destaca o índice de apneia e hipopneia (IAH). O IAH está associado à gravidade da SAOS e, portanto, pode trazer informações objetivas quanto à eficácia do tratamento. Objetivo: avaliar as alterações no IAH em pacientes portadores de SAOS submetidos ao avanço maxilo-mandibular. Método: Uma revisão sistemática (RS) da literatura foi realizada nas plataformas de busca como PUBMED, LILACS, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, e COCHRANE, bem como na literatura cinzenta para identificar a eficácia do avanço maxilo-mandibular no tratamento da SAOS. O risco de viés foi avaliado utilizando o questionário Modified Delphi technique (Moga et al. 2012). Resultados: Foram identificadas 1882 referências e, após a triagem, 32 artigos selecionados para leitura na íntegra. Destes, apenas 4 estudos de séries de caso foram incluídos, totalizando 83 indivíduos diagnósticos com SAOS submetidos ao avanço maxilo-mandibular. A meta-analise do IAH mostrou uma diferença significativa a favor da intervenção (DM:- 33.36, IC 95%:-41.43 a -25.29, p<0,00001), caracterizando a eficácia do avanço maxilo-mandibular na redução do IAH. Conclusões: Muito embora a meta-análise tenha se mostrado significativamente favorável à cirurgia, as evidências são de baixa a moderada qualidade devido ausência de dados individualizados e falhas metodológicas identificadas na análise do risco de viés.

Resumo (inglês)

Background: Obstructive Sleep Apnea Syndrome (OSA) is characterized by repetitive episodes of upper airway obstruction during sleep that leads to clinical symptoms that may affect quality of life. Dento-skeletal deformities such as maxillomandibular retrusion may be risk factors for the syndrome by altering or decreasing the volume of the upper airways. In this context, maxillomandibular advancement may be an option for treating OSA because it promotes pharyngeal volumetric increase, which has been well documented in the scientific literature. However, it is necessary to demonstrate the effect of this surgery on the polysomnographic parameters, including the apnea and hypopnea index (AHI). AHI is associated with the severity of OSA and, therefore, can provide objective information regarding treatment efficacy. Objective: To evaluate the changes in AHI in patients with OSA undergoing maxillomandibular advancement. Method: A systematic literature review (SR) was performed on search platforms such as PUBMED, LILACS, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, and COCHRANE, as well as in the gray literature to identify the effectiveness of maxillomandibular advancement in the treatment of OSAS. The risk of bias was assessed using the Modified Delphi technique questionnaire (Moga et al. 2012). Results: 1882 references were identified and, after screening, 32 articles selected for full reading. Of these, only 4 case series studies were included, totaling 83 individuals diagnosed with OSAS undergoing maxillomandibular advancement. The meta-analysis of AHI showed a significant difference in favor of intervention (DM: - 33.36, 95% CI: - 41.43 to -25.29, p <0.00001), characterizing the effectiveness of maxillomandibular advancement in reducing AHI. Conclusions: Although the meta-analysis was significantly favorable for surgery, the evidence is of low to moderate quality due to the lack of individualized data and methodological flaws identified in the risk of bias analysis.

Descrição

Idioma

Português

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