Treinamento melhora a confiabilidade para as escalas de sedação e de dor em cães.

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Data

2020-02-19

Autores

Lima, Mayara Travalini de

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Na medicina veterinária apesar do avanço da avaliação da dor, ainda ocorrem negligência e oligoanalgesia. Este estudo clínico, prospectivo, encoberto, pragmático e oportunista avaliou a interferência do treinamento na confiabilidade das escalas de sedação, dor aguda e na tomada de decisão para intervenção analgésica em cães. Quatro avaliadoras, uma graduanda, uma mestranda, uma doutoranda e uma etologista clínica avaliaram 40 vídeos de dez cães submetidos à cirurgia ortopédica ou de tecidos moles referentes a quatro momentos, um pré (basal) e três pós-operatórios (1 a 24 horas) em cada cão. Avaliaramse cinco cães antes e outros cinco cães após o treinamento, em duas etapas para cada avaliação, com intervalo de 30 dias entre cada etapa. Nas duas avaliações três cães foram submetidos à cirurgia ortopédica e dois de tecidos moles, com equivalência dos escores de dor entre as etapas. Considerou-se α 5% e avaliaram-se a repetibilidade e reprodutibilidade antes (Pre.T) e após (Pos.T) o treinamento das escalas numérica, descritiva simples e necessidade de resgate analgésico pelo coeficiente Kappa ponderado. Para a escala analógica visual e escalas de Glasgow (CMPS-SF), Melbourne (UMPS) e sedação aplicou-se o coeficiente de correção intraclasse (CCI) e IC95%. A repetibilidade melhorou para a CMPS-SF (p = 0,041; Pre.T 0,68 – 0,9; Pos.T 0,8 – 0,93), UMPS (p = 0,03; Pre.T 0,5–0,84; Pos.T 0,83 – 0,87) e resgate analgésico (p = 0.038; Pre.T 0,58 – 0,74; Pos.T 0,71 – 1,0) e a reprodutibilidade melhorou para escala analógica visual (EAV) (p = 0,041, Pre.T -0,37 – 0,74; Pos.T 0,35 – 0,64), resgate analgésico (p = 0,021; Pre.T 0,33 – 0,76 e Pos.T 0,59-0,8) e sedação (p = 0.028; Pre.T 0,47 – 0,80 e Pos.T 0,70 – 0,90). O treinamento não alterou a repetibilidade das escalas de dor unidimensionais, nem de sedação e não influenciou a reprodutibilidade da CMPS-SF e UMPS, porém após o treinamento os escores destas escalas não apresentaram diferenças entre as avaliadoras. Conclui-se que deve-se implementar o treinamento antes do uso clínico ou experimental da CMPS-SF, UMPS e da escala de sedação em cães, para melhorar a repetibilidade e reprodutibilidade e garantir resultados fidedignos em estudos sobre comportamento e a eficácia de analgésicos.

Descrição

Palavras-chave

Analgesia, Bem-estar animal, Cães, Confiabilidade, Dor, Treinamento

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