Ensino de sociologia em questão: 'o trabalho adoece?'
Alternative title
Sociology teaching in question: 'does work get you sick?'Author
Advisor
Date
2020-03-31Type
Graduate program
Sociologia em Rede Nacional - FFCView/ Open
Access rights

Metadata
Show full item recordAbstract
Esta dissertação analisa os contextos e justificativas do Ensino de Sociologia na Educação Básica, com foco na relação entre Trabalho, Sociedade e Adoecimento no mundo contemporâneo, marcada pela flexibilização/precarização das relações de trabalho. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, tendo como fontes livros, livros didáticos e artigos científicos, por entendermos que esses são elementos essenciais para a compreensão da emergência da temática na sociedade contemporânea. Procuramos identificar a necessidade do ensino de Sociologia, e seu contexto histórico, de maneira a compreendermos sua importância enquanto instrumento refinado da cultura humana, que possui a especificidade de analisar o movimento que compõe a tessitura social, e basear uma análise de dois livros didáticos amplamente utilizados nas salas de aula no que tange ao mundo do trabalho, suas transformações e seu impacto sobre o sujeito que trabalha. A pesquisa constatou que a presença da Sociologia nos currículos possui uma história de intermitências, ora presente, ora ausente, mas que deve atuar enquanto elemento de desenvolvimento, oferecendo a possibilidade da imaginação sociológica (MILLS, 1969) como resposta à simplicidade dos discursos pseudoconcretos (KOSÍK, 1995) que povoam o senso comum na tentativa de compreender o movimento de flexibilização do mundo do trabalho (ANTUNES, 2000) e sua relação com o surgimento das ideologias defensivas (DEJOURS, 1992) contra o adoecimento. No entanto, os livros didáticos pouco refletem acerca da relação entre o adoecimento e as características do mundo do trabalho contemporâneo, nos quais, em muitos casos, ficam ausentes do ensino a relação entre as formas de organização do trabalho e seu impacto sobre a qualidade da saúde dos trabalhadores.
This dissertation analyzes the contexts and justifications of the Teaching of Sociology in Basic Education with a focus on the relationship between Work, Society and Illness in the contemporary world marked by the flexibilization/ precarization of labor relations. Qualitative research was carried out, using books, textbooks, and scientific articles as sources, as we understand that these are essential elements for understanding the emergence of the theme in contemporary society. We sought to identify the need for sociology teaching and its historical context in order to understand its importance as a "refined instrument of human culture" that has the specificity of analyzing the movement that constitute the social fabric and to base an analysis of two widely used textbooks used in classrooms with regard to the world of work, its transformations and its impact on the subject who works. The research found that the presence of sociology in the curricula has a history of intermittences, which is sometimes present and others absent, but it ought to act as an element of development offering the possibility of sociological imagination (MILLS, 1969) in response to the simplicity of the pseudo-concrete discourses (KOSIK, 1995) that populate common discourse in an attempt to understand the flexibilization movement in the world of labor (ANTUNES, 2000) and its relationship with the emergence of defensive ideologies (DEJOURS, 1992) against illness. However, textbooks reflect little on the relationship between illness and the characteristics of the world of contemporary work, where, at large, the relationship between forms of work organization and its impact on the health quality of workers is absent from teaching.
How to cite this document
Keywords
Language
Sponsor
Collections
