Influência do predador sobre o uso do espaço e a atividade por girinos bentônicos e nectônicos

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2020-04-30

Autores

Souza, Yasmim Caroline Mossioli de

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

As interações entre espécies influenciam a estrutura de comunidades, a dinâmica das populações, a morfologia, a fisiologia e o comportamento das espécies. A mortalidade é um efeito direto promovido pelo predador, mas também há outros efeitos indiretos decorrentes da presença do predador, como alterações no comportamento da presa. Nos ambientes aquáticos a presa pode detectar o risco de predação por meio de sinais visuais, mecânicos e químicos. Ao detectar o predador, a presa pode usar estratégias, como formação de cardume, mudança no padrão de uso de habitat e diminuição da atividade natatória para reduzir a predação. Apesar de diminuir a taxa de predação, as estratégias antipredatórias tem custos para as presas e configuram um trade-off. Os comportamentos que aumentam a chance de escapar do predador prejudicam a atividade e o forrageamento dos girinos, diminuindo seu crescimento e suas chances de sobrevivência. Os aspectos morfológicos e fisiológicos são importantes na ocupação da coluna d’água por girinos, mas, será que a predação também é uma pressão que determina o modo como os girinos ocupam a coluna d’água? Entender como a predação influencia o comportamento dos girinos pode elucidar aspectos da dinâmica populacional e estruturação de comunidades, bem como dos mecanismos que regulam o padrão evolutivo dos anuros. Nesse contexto, esta dissertação, apresentada na forma de manuscrito, apresenta um estudo no qual foi testado experimentalmente como um predador aquático (náiade de Odonata; Micrathyria sp.) influencia o uso do espaço, a atividade e o comportamento de forrageamento de girinos bentônicos (Physalaemus nattereri) e nectônicos (Scinax fuscovarius).
Interactions between species influence community structure, population dynamics, morphology, physiology and species’ behavior. Mortality is a direct effect caused by the interaction with a predator, but even the simple presence of predators can lead to other indirect effects such as alterations on prey’s behavior. In aquatic environments, prey may detect predation risk by visual, mechanical, and chemical cues. When detecting a predator, the prey can use strategies to escape predation such as shoal formation, changes on habitat use pattern, and reduction on swimming activity. Despite decreasing predation rates, the antipredatory strategies have costs for the prey and set up a trade-off. For example, the same behavior that raises the prey’s chance to escape from a predator, decreases its foraging activity, leading thus to a reduction in the prey’s growth and survivorship. Among tadpoles, morphological and physiological aspects are important to determine water column occupation. But could predation also be an important pressure that determines the way tadpoles occupy the water column? Understanding how predation influences tadpoles’ behavior may elucidate populational dynamics and community structuring aspects, as well as the mechanisms that regulate anuran evolutionary patterns. In this sense, this dissertation presents a study, in a manuscript form, that tested experimentally the influence of an aquatic predator (Odonata water nymph; Micrathyria sp.) on the use of space, activity and foraging behavior of benthic (Physalaemus nattereri) and nektonic (Scinax fuscovarius) tadpoles.

Descrição

Palavras-chave

Interação predador-presa, Micrathyria sp., Physalaemus nattereri, Scinax fuscovarius, Predator-prey interaction

Como citar