Voz, qualidade de vida em voz e comportamento de crianças e adolescentes com diferentes graus de obesidade

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Data

2020-05-06

Autores

Riato, Letícia Alvieri [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: indivíduos obesos possuem distribuição anormal de gordura, incluindo as estruturas do trato vocal e podem apresentar ainda problemas emocionais de autoestima, ansiedade e depressão. Objetivo(s): caracterizar a voz, a qualidade de vida em voz de crianças e adolescentes com diferentes graus de obesidade (sobrepeso, obesidade e obesidade grave); investigar o comportamento e a competência social dessas crianças e adolescentes sob o olhar das mães e; correlacionar os dados da voz, da qualidade de vida em voz e do comportamento e competência social com os diferentes graus de obesidade. Método: participaram da pesquisa 70 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade. Foi realizada a avaliação perceptivo-auditiva para a avaliação vocal, do grau geral do desvio vocal, por meio de escala visual analógica. Foi aplicado com os pais das crianças e adolescentes o Protocolo de Qualidade de Vida em Voz Pediátrico (QVV-P) e o Inventário Child Behavior Checklist for ages 6-18 (CBCL). Por fim, foram efetuadas análises descritivas e estatísticas. Resultados: dos 70 participantes, 60 (85,71%) apresentaram alteração vocal. Na qualidade de vida em voz tanto o grupo disfônico quanto o grupo sem disfonia relatou que a voz não tem impacto negativo na qualidade de vida (média dos escores dos domínios acima de 95). Não foi possível observar associação entre a presença/ausência de alteração vocal com grau de obesidade. O valor da média de problemas internalizantes, totais e da subescala de atividade se encontraram na categoria limítrofe. O valor da média da competência social total foi alterado, pelo olhar dos pais. Do total da amostra, 47,14% dos participantes, apresentaram alteração na voz e ao mesmo tempo de comportamento. Conclusão: a grande maioria dos participantes com diferentes graus de obesidade apresentou disfonia e conforme relato dos pais ou responsáveis, verificou-se que os filhos não apresentaram impacto negativo na qualidade de vida relacionada à voz. Foi apontado pelos pais ou responsáveis que a grande maioria dos participantes apresentava alteração de comportamento (internalizantes, totais e competência social total e atividade).
Introduction: obese individuals have abnormal fat distribution, including vocal tract structures, and may also have emotional problems of self-esteem, anxiety and depression. Objective: to characterize the voice, the quality of life in the voice of children and adolescents with different degrees of obesity (overweight, obesity and severe obesity); investigate the behavior and social competence of these children and adolescents under the eyes of mothers and; correlate data on voice, Voice-related quality of life, and behavior and social competence with different degrees of obesity. Method: seventy children and adolescents from 6 to 17 years old participated in the research. A voice perceptual evaluation was performed for vocal evaluation, general degree of vocal deviation, using an analogical visual scale. It was applied with the parents of children and adolescents The Brazilian Pediatric Voice-Related Quality-of-Life survey (QVV-P), and the Inventory Child Behavior Checklist for ages 6 to 18 - CBCL. Finally, descriptive and statistical analyzes were performed. Results: of the 70 participants, 60 (85.71%) presented vocal alteration. Regarding the quality of life in voice, both the dysphonic group and the group without dysphonia reported that the voice has no negative impact on voice-related quality of life (mean scores of domains above 95). It was not possible to observe an association between the presence / absence of vocal alteration and the degree of obesity. The mean value of internalizing problems, Total Behavior Problems and the Activities subscale were found in the borderline category. The mean value of Total Social Competence was considered clinical. Of the total sample, 47.14% of the participants showed changes in their voice and behavior. Conclusion: the vast majority of participants with different degrees of obesity had dysphonia and, as reported by parents or responsibles, it was found that their children did not have a negative impact on voice-related quality of life. It was pointed out by the parents or guardians that the vast majority of the participants had behavioral changes (Internalizing problems, Total Behavior Problems and Total Social Competence and Activities).

Descrição

Palavras-chave

Obesidade, Obesidade pediátrica, Voz, Distúrbios da voz, Comportamento, Crianças e adolescentes, Obesity, Pediatric obesity, Voice, Voice disorders, Behavior, Child and adolescent

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