Pandeiro de náilon: os estilos interpretativos de Bira Presidente e Carlos Café

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Data

2020-09-28

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Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Nas últimas três décadas o pandeiro passou de um instrumento acompanhador dos estilos tradicionais da música brasileira para um instrumento capaz de sintetizar uma série de ritmos brasileiros e internacionais. O objetivo da presente pesquisa é discutir e compreender algumas das técnicas e idiomatismos presente no modo de se executar o pandeiro de náilon no samba urbano, através do estudo dos estilos interpretativos de Ubirajara Félix do Nascimento (1937), conhecido por Bira Presidente e Carlos Alberto França Barros (1982), o Carlos Café do Pandeiro. O trabalho baseia-se no levantamento documental dos materiais audiovisuais presentes na internet, em livros, nas performances fonográficas e entrevistas feitas pelo autor. Para entendermos as técnicas e os estilos dos músicos pesquisados, utilizamos o recurso da transcrição e musical adaptando o sistema notacional de Carlos Stasi para contemplar os timbres idiomáticos do pandeiro de náilon. O presente trabalho foi organizado em três capítulos. O primeiro, além de apresentar uma sucinta contextualização histórica do pandeiro e das peles sintéticas, discute o conceito de “pandeiro brasileiro” em contraposição aos discursos e representações (LEPPERT, 1993) relacionados ao pandeiro de náilon no Brasil, assim como os conceitos de organologia (BATES, 2012), idiomatismo (MIRANDA, 2018; GIANESELLA, 2012) e autoetnografia (SANTOS, 2017; BENETTI 2017), que compõe a fundamentação teórica da pesquisa. O segundo e terceiro capítulos focarão nos músicos Bira Presidente e Carlos Café. Através do estudo biográfico desses músicos, analisamos os processos que desencadearam seus estilos interpretativos, bem como sua relevância para o cenário do samba e da percussão popular brasileira. Dessa forma, dentre as características encontradas em cada um dos músicos pesquisados, podemos destacar as inovações estilísticas propostas pelos dois pandeiristas.
On the last three decades the Brazilian tambourine passed through a musical instrument that just accompanied Brazilian traditional styles to an instrument with the capacity of synthesize many Brazilian and international rhythms. This work aims to discuss and understand some of the technics and the language present on the playing of Brazilian synthetic head tambourine through the study of the interpretative style of Ubirajara Félix do Nascimento (1937), known as Bira President and Carlos Alberto França Barros (1982), Carlos Café do Pandeiro. This work is based on the documental research of materials collected on internet, books, records and interviews done by the author. To understand the technics and the style of the musicians we used the notational system created by Carlos Stasi with some adaptations according to the most used sounds of Brazilian synthetic head tambourine. This work is organized in three sections. In the first one, besides the contextual history of tambourine and synthetic head, we discuss the concept of “Brazilian tambourine” in contraposition of the representation and discourses related to Brazilian synthetic head tambourine and present the research theoretical foundation as well. The second and third chapters are concerned to Bira Presidente and Carlos Café interpretative style. Using a biographical study, we intend to comprehend the process that led to the interpretative style studied in this work.

Descrição

Palavras-chave

Música brasileira, Samba, Percussão popular brasileira, Pandeiro de náilon, Brazilian music, Brazilian popular percussion, Brazilian synthetic head tambourine, Pandeiro, Percussão (Música), Etnomusicologia

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