Educação ambiental na formação inicial de professoras e professores: a categoria totalidade como proposta de enfrentamento
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Data
2020-12-15
Autores
Mendes, Carolina Borghi
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Resumo
Este estudo se configura como uma pesquisa teórica, fundamentada no Materialismo Histórico-Dialético, por meio do qual extraímos nossa defesa de que a categoria totalidade seja o eixo estruturante para a Educação Ambiental na formação inicial de professoras e professores. Partimos do pressuposto de que a teoria é um movimento de abstração para a análise, compreensão, síntese e, particularmente em nosso caso, de enfrentamento do que está identificado na prática social. Defendemos a teoria como um elemento constituinte da práxis pedagógica revolucionária, que deve ser assumido dialeticamente junto à prática. Para tanto, abordamos fundamentos do método histórico-dialético que propiciam o desvelamento do objeto da Educação Ambiental por meio de sua essência. Recuperamos a configuração histórica do debate ambiental e da Educação Ambiental para discutirmos a necessidade de entendermos o ambiente como categoria social para avançarmos no campo Crítico da Educação Ambiental. O ambiente, nesta acepção, é aquele no qual se desenrolam as lutas de classes para a exploração e para a apropriação tanto do patrimônio natural, quanto da força de trabalho das trabalhadoras e dos trabalhadores, dialeticamente. Analisamos, também, os princípios que alicerçam a formação inicial de professoras e professores, constituídos pelas racionalidades técnica e prático-reflexiva e pela interdisciplinaridade, pautados pela lógica formal. Discorremos, ainda, sobre o caráter ideológico que os sustentam, bem como as fragilidades que impõem ao processo formativo e a relevância de buscarmos superá-los, tendo a totalidade como elemento para o desenvolvimento da Educação Ambiental na formação inicial docente. A totalidade, como categoria materialista histórico-dialética, permite que se apreenda cada fenômeno ambiental por meio das relações, mediações e determinações que se expressam neles diante da realidade histórica. Isso envolve captar as contradições e analisar o fenômeno por contradição, próprio do que é necessário para a Educação Ambiental que se compromete com a superação das bases exploratórias do modelo atual de produção e reprodução da vida em sociedade. Conclusivamente, indicamos que os princípios desconsideram a real função do trabalho docente, qual seja, o compromisso com a formação e a emancipação humana, e que ainda temos que enfrentar, concretamente, o que está colocado para a Educação Ambiental, retomando a teoria, especialmente pelos fundamentos colocados pela categoria totalidade. Assim, torna-se possível avançarmos na formação e ação docente no que concerne à práxis revolucionária da Educação Ambiental Crítica.
This study focuses on a theoretical research, based on Historical-Dialectic Materialism, through which we defend that the category of totality is the structuring axis for Environmental Education in the initial formation of teachers. We start from the assumption that theory is a movement of abstraction for analysis, understanding, synthesis and, particularly, a way of facing what is identified in social practice. We defend theory as a constituent element of revolutionary pedagogical praxis, which must be assumed dialectically with practice. Therefore, we approach the fundamentals of the historical-dialectical method, which allow the unveiling of the object of Environmental Education. We recovered the historical configuration of the debate on environment and Environmental Education to discuss the need to understand the environment as a social category in order to move forward in the critical field of Environmental Education. The environment, in this sense, is where class struggles take place for the exploitation and appropriation of both the natural heritage and the workforce of workers, dialectically. We also analyzed the principles that underlie the initial training of teachers, constituted by technical and practical-reflective rationales and interdisciplinarity, guided by formal logic. We also talked about the ideology that supports them, as well as the weaknesses that they impose on the formative process and the relevance of trying to overcome them, having the totality as an element for the development of Environmental Education in the initial teacher training. The totality, as a historical-dialectical materialistic category, allows one to apprehend each environmental phenomenon through the relationships, mediations and determinations that are expressed in them in the face of historical reality. This involves capturing the contradictions and analyzing the phenomenon by contradiction, proper to what is necessary for Environmental Education, which is committed to overcoming the exploratory bases of the current model of production and reproduction of life in society. In conclusion, we indicate that the principles disregard the real function of teaching work, that is, the one committed to training and human emancipation, and that we still have to face, concretely, what is set for Environmental Education, returning to the theory, especially the fundamentals placed by the category of totality. Thus, it becomes possible to move forward in teacher training and action with regard to the revolutionary praxis of Critical Environmental Education.
Este estudio se configura como una investigación teórica, basada en el Materialismo Histórico-Dialéctico, a través del cual extraemos nuestra defensa de que la categoría totalidad sea el eje estructurante de la Educación Ambiental en la formación inicial de profesoras y profesores. Partimos del supuesto de que la teoría es un movimiento de abstracción para el análisis, la comprensión, la síntesis y, particularmente en nuestro caso, de enfrentamiento de lo que está identificado en la práctica social. Defendemos la teoría como un elemento constituyente de la praxis pedagógica revolucionaria, que debe asumirse dialécticamente con la práctica. Para ello, abordamos fundamentos del método histórico-dialéctico que permiten desvelar el objeto de la Educación Ambiental a través de su esencia. Recuperamos la configuración histórica del debate ambiental y la Educación Ambiental para discutir la necesidad de entender el medio ambiente como categoría social para avanzar en el campo Crítico de la Educación Ambiental. El medio ambiente, en este sentido, es aquel en el cual se desarrollan las luchas de clases por la exploración y apropiación tanto del patrimonio natural como de la mano de obra de las trabajadoras y trabajadores, dialécticamente. También analizamos los principios que sostienen la formación inicial de las profesoras y profesores, constituidos por racionalidades técnicas y práctico-reflexivas y por la interdisciplinariedad, pautado por la lógica formal. Hablamos, aún, acerca del carácter ideológico que los sustentan, así como las debilidades que imponen al proceso formativo y la relevancia de intentar superarlas, teniendo la totalidad como elemento para el desarrollo de la Educación Ambiental en la formación inicial docente. La totalidad, como categoría materialista histórico-dialéctica, permite que se aprenda cada fenómeno ambiental a través de las relaciones, mediaciones y determinaciones que se expresan en ellos delante de la realidad histórica. Se trata de captar las contradicciones y analizar el fenómeno por contradicción, propio de lo que es necesario para la Educación Ambiental que se compromete con la superación de las bases exploratorias del actual modelo de producción y reproducción de la vida en sociedad. En conclusión, indicamos que los principios desconsideran la función real del trabajo docente, cual sea, el compromiso con la formación y la emancipación humana, y que aún tenemos que afrontar, concretamente, lo que se plantea para la Educación Ambiental, retomando la teoría, especialmente por los fundamentos colocados por la categoría de totalidad. Así, se hace posible avanzar en la formación y acción docente en que se relaciona la praxis revolucionaria de la Educación Crítica Ambiental.
This study focuses on a theoretical research, based on Historical-Dialectic Materialism, through which we defend that the category of totality is the structuring axis for Environmental Education in the initial formation of teachers. We start from the assumption that theory is a movement of abstraction for analysis, understanding, synthesis and, particularly, a way of facing what is identified in social practice. We defend theory as a constituent element of revolutionary pedagogical praxis, which must be assumed dialectically with practice. Therefore, we approach the fundamentals of the historical-dialectical method, which allow the unveiling of the object of Environmental Education. We recovered the historical configuration of the debate on environment and Environmental Education to discuss the need to understand the environment as a social category in order to move forward in the critical field of Environmental Education. The environment, in this sense, is where class struggles take place for the exploitation and appropriation of both the natural heritage and the workforce of workers, dialectically. We also analyzed the principles that underlie the initial training of teachers, constituted by technical and practical-reflective rationales and interdisciplinarity, guided by formal logic. We also talked about the ideology that supports them, as well as the weaknesses that they impose on the formative process and the relevance of trying to overcome them, having the totality as an element for the development of Environmental Education in the initial teacher training. The totality, as a historical-dialectical materialistic category, allows one to apprehend each environmental phenomenon through the relationships, mediations and determinations that are expressed in them in the face of historical reality. This involves capturing the contradictions and analyzing the phenomenon by contradiction, proper to what is necessary for Environmental Education, which is committed to overcoming the exploratory bases of the current model of production and reproduction of life in society. In conclusion, we indicate that the principles disregard the real function of teaching work, that is, the one committed to training and human emancipation, and that we still have to face, concretely, what is set for Environmental Education, returning to the theory, especially the fundamentals placed by the category of totality. Thus, it becomes possible to move forward in teacher training and action with regard to the revolutionary praxis of Critical Environmental Education.
Este estudio se configura como una investigación teórica, basada en el Materialismo Histórico-Dialéctico, a través del cual extraemos nuestra defensa de que la categoría totalidad sea el eje estructurante de la Educación Ambiental en la formación inicial de profesoras y profesores. Partimos del supuesto de que la teoría es un movimiento de abstracción para el análisis, la comprensión, la síntesis y, particularmente en nuestro caso, de enfrentamiento de lo que está identificado en la práctica social. Defendemos la teoría como un elemento constituyente de la praxis pedagógica revolucionaria, que debe asumirse dialécticamente con la práctica. Para ello, abordamos fundamentos del método histórico-dialéctico que permiten desvelar el objeto de la Educación Ambiental a través de su esencia. Recuperamos la configuración histórica del debate ambiental y la Educación Ambiental para discutir la necesidad de entender el medio ambiente como categoría social para avanzar en el campo Crítico de la Educación Ambiental. El medio ambiente, en este sentido, es aquel en el cual se desarrollan las luchas de clases por la exploración y apropiación tanto del patrimonio natural como de la mano de obra de las trabajadoras y trabajadores, dialécticamente. También analizamos los principios que sostienen la formación inicial de las profesoras y profesores, constituidos por racionalidades técnicas y práctico-reflexivas y por la interdisciplinariedad, pautado por la lógica formal. Hablamos, aún, acerca del carácter ideológico que los sustentan, así como las debilidades que imponen al proceso formativo y la relevancia de intentar superarlas, teniendo la totalidad como elemento para el desarrollo de la Educación Ambiental en la formación inicial docente. La totalidad, como categoría materialista histórico-dialéctica, permite que se aprenda cada fenómeno ambiental a través de las relaciones, mediaciones y determinaciones que se expresan en ellos delante de la realidad histórica. Se trata de captar las contradicciones y analizar el fenómeno por contradicción, propio de lo que es necesario para la Educación Ambiental que se compromete con la superación de las bases exploratorias del actual modelo de producción y reproducción de la vida en sociedad. En conclusión, indicamos que los principios desconsideran la función real del trabajo docente, cual sea, el compromiso con la formación y la emancipación humana, y que aún tenemos que afrontar, concretamente, lo que se plantea para la Educación Ambiental, retomando la teoría, especialmente por los fundamentos colocados por la categoría de totalidad. Así, se hace posible avanzar en la formación y acción docente en que se relaciona la praxis revolucionaria de la Educación Crítica Ambiental.
Descrição
Palavras-chave
Educação Ambiental Crítica, Formação inicial docente, Totalidade, Práxis Pedagógica, Pedagogia Histórico-Crítica, Materialismo Histórico-Dialético, Critical environmental education, Initial teacher training, Totality, Pedagogical praxis, Historical-critical Pedagogy, Historical-dialectical Materialism