Eu não estou lá?: a prosa brasileira contemporânea, sua fotografia e expansão

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2021-04-30

Orientador

Rocha, Rejane Cristina

Coorientador

Pós-graduação

Estudos Literários - FCLAR

Curso de graduação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Tipo

Tese de doutorado

Direito de acesso

Acesso abertoAcesso Aberto

Resumo

Resumo (português)

Esta tese analisa três narrativas brasileiras contemporâneas – Nove noites (2002), de Bernardo Carvalho; Rremembranças da menina de rua morta nua (2006), de Valêncio Xavier; e Divórcio (2013), de Ricardo Lísias – em seu ponto de contato: a infiltração dos autores como personagens das tramas narrativas através da utilização de fotografias e menções a seus nomes próprios. Também cabe sublinhar que todos esses textos são constituídos por documentos referentes a acontecimentos reais convertidos em ficção. Para compreendermos esse hibridismo, nos fundamentamos teoricamente nos conceitos de inespecificidade e de campo expansivo, de Florencia Garramuño (2014); na intersecção de política e arte com Jacques Rancière (2009); e nos conceitos simulacro e simulação, de Jean Baudrillard (1991), com vistas a demonstrar como nesses textos não apenas os autores atuam como ficções de seus livros, mas como eles podem contaminar a realidade na expansão a outros meios e suportes de circulação do literário. Como abordagem metodológica, levantamos uma bibliografia sobre os campos literário e fotográfico para suprir a necessidade de passos metodológicos convenientes à análise desses objetos inespecíficos. Para isso, mergulhamos em uma proposta aludida lateralmente por Roland Barthes n’A câmara clara (1984): uma “História do Olhar”. Com o auxílio do material teórico narratológico de Gérard Genette (1995) e de Mieke Bal (1990), entrelaçamos essa terminologia a dos estudos barthesianos e constituímos a História dos Olhares aludida pelo intelectual francês com vistas a sugerir caminhos metodológicos aos estudiosos de objetos inespecíficos, principalmente os parecidos aos que estudamos. Nossa hipótese inicial de trabalho dizia respeito às razões da infiltração, da expansão e da aparente inespecificidade desses textos denotarem o envolvimento com simulacros de seus autores. Confirmada essa hipótese, a nossa pergunta de pesquisa foi: como o simulacro autoral correspondia a outra via de produção da inespecificidade literatura-fotografia? Como tese defendemos que, em linhas gerais, esse apelo ao simulacro autoral é uma brecha da produção inespecífica que avança pelas frestas de outros gêneros e campos do conhecimento como aparente renovação à importância dada à presença autoral e esboroa a subjetividade implícita nesses meios de circulação.

Resumo (espanhol)

Esta tesis analiza el punto de contacto de tres narrativas brasileñas contemporáneas – Nove noites (2002), de Bernardo Carvalho; Rremembranças da menina de rua morta nua (2006), de Valêncio Xavier; y Divórcio (2013), de Ricardo Lísias: la infiltración de los autores como personajes de los argumentos de los libros a través del uso de fotografías y menciones a sus nombres propios. También es cabido señalar que esos textos están constituidos por documentos referentes a hechos reales convertidos en ficción. Para comprender esta hibridación, nos basamos teóricamente en los conceptos de no especificidad y campo expansivo, de Florencia Garramuño (2014); en la intersección de la política y del arte con Jacques Rancière (2009); y en los conceptos de simulacro y simulación, con Jean Baudrillard (1991); para señalar cómo en estos textos no sólo los autores actúan como ficciones de sus libros, sino contaminan la realidad a través de la expansión a otros medios y soportes de circulación del literario. Como enfoque metodológico, hemos planteado una bibliografía sobre los campos literario y fotográfico para suplir la necesidad de pasos metodológicos convenientes al análisis de objetos no específicos. Para ello, nos sumergimos en una propuesta aludida por Roland Barthes en La cámara clara (1984): una “Historia de la Mirada”. Con la ayuda del material narratológico teórico de Gérard Genette (1995) y de Mieke Bal (1990), hemos entrelazado esa terminología a la de los estudios barthesianos para constituir esa Historia de la Mirada mencionada por el intelectual francés con el fin de sugerir caminos metodológicos a los estudiosos de objetos no específicos, especialmente los similares a los que estudiamos. La hipótesis de nuestro trabajo inicial se refería a cómo la infiltración, la expansión y la aparente no especificidad de los textos denotan simulacros de sus autores. Confirmada esta hipótesis, nuestra pregunta de investigación fue: ¿Cómo el simulacro de los autores correspondía a otra forma de producir no específica literaria y fotográfica? Como tesis, defendemos que, en líneas generales, la llamada al simulacro de la autoría es una ruptura de esa producción no específica que avanza por los huecos de otros géneros y campos del conocimiento como una aparente renovación de la importancia a la presencia de la autoría y exposición de la subjetividad implícita en los medios de circulación.

Descrição

Idioma

Português

Como citar

Itens relacionados