Efeito da inclusão crescente de melaço de soja sobre os parâmetros fermentativos in vitro de ovinos confinados

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Data

2021-05-31

Autores

Rodrigues, Julia Lisboa

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

The agribusiness is in constant development and its products are present in most ruminant diet formulations. During the processing of some grains, by-products are produced and are often improperly disposed of as organic waste. Soybean molasses is a by-product of soybean meal, a product with high protein and energy quality. The diet of feedlot sheep can use this by-product. As well as being sustainable, it can bring great benefits to animals and the producer. However, few studies are analyzing the effects of different inclusions of this by-product on in vitro fermentation parameters of sheep. Thus, the objective of this study was to evaluate the increasing inclusion of soybean molasses (0, 100, 200, or 300g / kg) in partial replacement of corn in high concentrate diets for sheep. The present study evaluated the effects on ruminal parameters, such as ruminal pH, ammonia nitrogen concentration (NH3-N), and volatile fatty acids concentrations (VFAs). Also evaluated the in vitro greenhouse gas production (CH4 and CO2), energy loss as CH4, an estimate of effective feedlot days lost, and in vitro digestibility and degradability. Treatments linearly increased in vitro DM degradability (P <0.01), DM and PB digestibility (P <0.01) and in vitro gas production (P = 0.03). The inclusion of soybean molasses promoted a quadratic effect in CO2 production per degraded gram (P = 0.02), CH4 estimate production per head/year (P = 0.05), energy lost as CH4 (P = 0, 05), and an estimate of effective feedlot days lost (P = 0.05), with lower values observed for treatment M20. There was no statistical difference between treatments for ruminal pH, NH3-N, VFAs, CH4 production per degraded gram, and in vitro digestibility of NDF. Given the results, soybean molasses can be used in diets of feedlot sheep at up to 300g / kg without prejudice to ruminal fermentation parameters, and at up to 200g / kg can mitigate the production of greenhouse gases; decrease the sheep permanence in the feedlot. However, studies on growth performance are necessary to prove the presented results and confirm the use of soybean molasses in the diets of feedlot sheep.
A agroindústria está em constante desenvolvimento e seus produtos estão presentes em grande parte das formulações de dietas para ruminantes. Durante o processamento de alguns grãos, subprodutos são formados e muitas vezes descartados inadequadamente como dejetos orgânicos. O melaço de soja é um subproduto do farelo de soja, de alta qualidade energética. A sua utilização na dieta de ovinos confinados além ser sustentável, pode trazer grandes benefícios aos animais e ao produtor. No entanto, há escassez de estudos sobre os parâmetros fermentativos in vitro de ovinos com a utilização de diferentes inclusões deste subproduto. Desta maneira, o objetivo deste estudo foi avaliar a inclusão crescente de melaço de soja (0, 100, 200 ou 300g/kg) em substituição parcial ao milho em dietas de alto concentrado para ovinos. Foram avaliados a produção de gás in vitro, a concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH3), ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), a produção de gases de efeito estufa (CH4 e CO2), perda de energia na forma de CH4, dias perdidos de confinamento, pH, degradabilidade da MS e a digestibilidade in vitro da MS e dos nutrientes. A utilização de melaço de soja, independente da inclusão, quando comparada com o tratamento controle (CON vs MS), aumentou a degradabilidade da MS (P<0,01) e a digestibilidade da MS e PB (P<0,01). Também proporcionou aumento linear na produção de gás in vitro (P=0,03). Houve efeito quadrático para a produção de CO2 por grama degradada (P=0,02), e produção de CH4 cabeça/ano (P=0,05), perda de energia na forma de metano (P=0,05) e dias de confinamento perdidos (P=0,05), com os menores valores para o tratamento com inclusão de 200g/kg de melaço de soja na MS. Não houve diferença estatística entre os tratamentos para os valores de pH ruminal, concentrações de N-NH3 e AGCC, produção de CH4 por grama degradada e para digestibilidade in vitro da FDN. Diante dos resultados, conclui-se que o melaço de soja pode ser utilizado na alimentação de ovinos confinados em até 300g/kg sem prejudicar os parâmetros fermentativos ruminais, e quando incluído em até 200g/kg pode mitigar a produção de gases de efeito estufa, podendo reduzir a permanência do animal no confinamento. Contudo, estudos de desempenho são necessários para comprovar os resultados observados, e assim confirmar o potencial de uso do melaço de soja em dietas para ovinos confinados.

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Palavras-chave

Gases estufa, Rúmen, Subprodutos

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