Função cognitiva, sintomas depressivos e qualidade de vida em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral

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Data

2021-09-20

Autores

Domingues, Eloisa da Fonseca

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) trata-se de uma alteração neurológica aguda, que acontece devido à interrupção do fluxo sanguíneo no encéfalo. Quando há uma a obstrução de uma veia, o AVC é denominado como isquêmico. Quando ocorre o rompimento dos vasos, caracteriza-se como hemorrágico, pode ocasionar lesões no tecido cerebral e mortalidade. Objetivos: Avaliar a relação entre sintomas depressivos, função cognitiva e qualidade de vida em pacientes adultos que sofreram AVC. Método: Trata-se de um estudo transversal. Foram incluídos sobreviventes de AVC com mais de 18 anos e realizavam acompanhamento no ambulatório de neurovascular. Foram excluídos aqueles que possuiam condições de comunicação e compreensão prejudicadas e com demência. Os pacientes foram avaliados através dos instrumentos Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Inventário de depressão de Beck (BDI), Escala de qualidade de vida específica para Acidente Vascular Encefálico (EQVE-AVE), além de informações sociodemográficas e clínicas. Para as variáveis contínuas e os escores de cada desfecho foi realizada a Correlação de Person. Para verificar os efeitos que influenciaram em cada desfecho foi realizado uma Regressão Logística univariada e em seguida, de acordo com a Regressão Logística Univariada foi ajustado Modelo de Regressão Logistica para cada desfecho. Considerou-se p< 0,05 como nível de significância. Resultados: foram avaliados 100 sobreviventes do AVC. A maioria dos pacientes não apresentou comprometimento cognitivo (62%), possuía sintomas depressivos mínimos e leves (70%), pouco ou nenhum prejuízo na QV (73%). Verificou-se uma correlação inversamente proporcional R= -0,64959 entre os sintomas depressivos e a qualidade de vida. Através da análise univariada por regressão logística verificou-se que a variável escolaridade P< 0,0042 foi preditora independente do desfecho função cognitiva. As variáveis idade P< 0.0264 e qualidade de vida P< 0001 foram preditora independentes do desfecho sintomas depressivos. A variável sintomas depressivos P< 0,0001 foi preditora independente do desfecho qualidade de vida. Conclusão: O psicólogo é fundamental junto às equipes multidisciplinares que dedicam-se ao cuidado de pacientes vítimas de AVC e suas fragilidades, no sentido de prevenir, identificar e traçar estratégias de cuidado e intervenção adequadas à população estudada.
Introduction: Stroke is an acute neurological disorder, which occurs due to interruption of blood flow in the brain. When there is an obstruction of a vein, stroke is termed as ischemic. When vessel rupture occurs, it is characterized as hemorrhagic, it can cause brain tissue damage and mortality. Objectives: To evaluate the relationship between depressive symptoms, cognitive function and quality of life in patients who suffered stroke. Method: This is a crosssectional study. Stroke survivors older than 18 years of age were included and were monitored at the neurovascular outpatient clinic. Those with impaired communication and comprehension and dementia were excluded. Patients were evaluated using the Mini-Mental State Examination (MSD), Beck Depression Inventory (BDI), Specific Quality of Life for Stroke (EQVE-Stroke) instruments, as well as sociodemographic and clinical information. For the continuous variables and scores of each outcome, the Person Correlation was performed. To verify the effects that influenced each outcome, a univariate Logistic Regression was performed and then, according to the Univariate Logistic Regression, a Logistic Regression Model was adjusted for each outcome. P< 0.05 was considered as a significance level. Results: 100 stroke survivors were evaluated. Most patients did not present cognitive impairment (62%), had minimal and mild depressive symptoms (70%), little or no impairment in Qol (73%). There was an inversely proportional correlation R= -0.64959 between depressive symptoms and quality of life. Through the univariate analysis by logistic regression, it was verified that the variable schooling P< 0.0042 was an independent predictor of the cognitive function outcome. The variables age P< 0.0264 and quality of life P< 0001 were independent predictors of the outcome depressive symptoms. The variable depressive symptoms P < 0.0001 was an independent predictor of the outcome quality of life. Conclusion: The psychologist is fundamental with the multidisciplinary teams dedicated to the care of stroke victims and their frailties, in order to prevent, identify and outline care strategies and interventions appropriate to the population studied.

Descrição

Palavras-chave

Sintomas depressivos, Função cognitiva, Qualidade de vida, Acidente vascular cerebral, Depressive symptoms, Cognitive function, Quality of life, Stroke

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