Ação da vitamina D sobre a apoptose induzida por urato monossódico, peróxido de hidrogênio e fator de necrose tumoral alfa em células endoteliais de linhagem - HUVEC

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Data

2021-09-22

Autores

Zupelli, Thiago Gameiro

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Introdução: Gestações complicadas por pré-eclâmpsia (PE) estão associadas com isquemia/hipóxia placentária, estresse oxidativo, hiperuricemia e níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias. Essas alterações fisiológicas podem desencadear morte celular por apoptose, um processo essencial para a manutenção da homeostase de tecidos humanos, incluindo o endotélio de vasos, sendo considerado um evento intermediário na geração de síndromes da gestação, como a PE. O desencadeamento da PE pode ser dependente da deficiência de fatores reguladores capazes de modular essa resposta inflamatória como a vitamina D (VD). Esse hormônio exerce efeitos sobre o sistema imune inato e adaptativo, gerando um "status" imune mais tolerogênico, particularmente por suas atividades reguladoras sobre a resposta inflamatória. Objetivo: O presente projeto teve como objetivo avaliar a ação imunomoduladora da vitamina D sobre a apoptose e produção de citocinas em células endoteliais derivadas de veia umbilical humana (HUVEC) estimuladas com peróxido de hidrogênio (H2O2), urato monossódico (MSU) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Métodos: As HUVECs foram cultivadas na presença ou ausência de H2O2, MSU e TNF-α e tratadas com VD por 4 e 24 horas. A presença de apoptose foi avaliada por citometria de fluxo pela detecção de anexina V e iodeto de propideo após 24h de cultura com os estímulos. A expressão gênica de Interleucina-1 beta (IL-1β), IL-18 e receptor de vitamina D (VDR) pelas células HUVEC foi avaliada por qPCR após 4h de cultivo e, a expressão proteica de IL-1β, IL-18 e TNF-α foi determinada após 24h de cultivo pela técnica de ELISA. Os resultados foram analisados empregando-se testes paramétricos, com nível de significância de 5%. Resultados: O tratamento das HUVECs com H2O2, MSU e TNF-α reduziu a viabilidade e aumentou a apoptose e apoptose/necrose das células. Esses efeitos foram atenuados com a adição de VD às células tratadas com MSU e TNF-α. Aumento da expressão gênica de IL-1β, IL-18 e VDR pelas HUVECs foi observado após o tratamento com H2O2, de IL-1β e IL-18 com MSU e de IL-1β e VDR com TNF-α, enquanto a expressão proteica de IL-1β, IL-18 e TNF-α foi significativamente maior após cultura das células com os três estímulos. O tratamento concomitante de MSU+VD e TNF-α +VD reduziu a produção de IL-1β, IL-18 e TNF-α, enquanto o tratamento com H2O2+VD reduziu apenas a produção de TNF-α. Em conjunto os resultados mostram que o estímulo das HUVECs com H2O2, MSU e TNF-α induz ativação dessas células, resultando em apoptose e elevada produção de citocinas pró-inflamatórias, que foram atenuadas pelo tratamento com VD. A alta produção de TNF-α por essas células sugere o envolvimento dessa citocina na indução de apoptose nas HUVECs. Conclusão: O tratamento in vitro de células endoteliais da veia umbilical humana com vitamina D mostra que esse pro-hormônio, por suas atividades imunomoduladoras, pode ser promissor para minimizar o processo inflamatório sistêmico e a disfunção endotelial, que ocorrem na pré-eclâmpsia.

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Palavras-chave

Vitamina D, Pré-eclâmpsia, Apoptose, Expressão gênica, Citometria de Fluxo, Células endoteliais

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