Publicação: Radiação gama em romã: composição nutricional, extração e biossíntese de compostos bioativos
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Data
Autores
Orientador
Vieites, Rogério Lopes
Coorientador
Pós-graduação
Agronomia (Horticultura) - FCA
Curso de graduação
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
O consumo de frutas in natura como a romã e seus derivados, fonte de compostos bioativos, tem sido associado a diferentes benefícios a saúde. O perfil bioativo é influenciado pelo cultivar, clima, maturidade, práticas de cultivo e condições de armazenamento. As tecnologias como a radiação gama podem ser utilizadas para melhorar a conservação e aumentar a vida útil em pós-colheita de frutas, podendo também ativar seu sistema de defesa, induzindo o estresse oxidativo, que envolve a síntese de metabólitos secundários antioxidantes. Neste contexto, objetivou-se com o presente trabalho adequar os protocolos de extração de compostos bioativos; caracterizar a romã ‘Comum’ e avaliar a influência da radiação gama no metabolismo primário e secundário. Os frutos foram irradiados no Centro de Tecnologia das Radiações - CTR - do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN - USP/Campus de São Paulo, com cobalto-60 (0,0 kGy; 0,3 kGy; 0,6 kGy; 0,9 kGy; 1,2 kGy e 1,5 kGy). Foram armazenados no Departamento de Produção Vegetal da FCA/UNESP em câmara fria com temperatura de 10 ± 1°C e 90 ± 5% de UR, durante 30 dias. Foram realizadas análises físico-químicas e bioquímicas dos frutos a cada 5 dias. Um único solvente não foi capaz de extrair os compostos bioativos das amostras de polpa e casca de romã ‘Comum’. A irradiação na dose 1,5 KGy associada a refrigeração reduziu a perda de massa dos frutos. O uso da irradiação não alterou a firmeza dos frutos, o ângulo de cor Hue da casca e a acidez titulável da polpa. Foi verificado para todas as doses de radiação gama e para a testemunha que a refrigeração foi efetiva na perda de massa. A irradiação foi eficiente na síntese de compostos bioativos. As doses de radiação gama 0,3 kGy e 0,6 kGy aumentaram o conteúdo de antocianina monomérica total da polpa da romã ‘Comum’ ao longo do armazenamento. A radiação gama na dose 0,6 kGy aumentou a atividade antioxidante da casca. A dose de 1,5 kGy promoveu aumento no conteúdo de compostos fenólicos totais e manteve a atividade antioxidante da polpa da romã ao final do armazenamento.
Resumo (inglês)
The consumption of fresh fruits such as pomegranate and its derivatives, a source of bioactive compounds, has been associated with different health benefits. The bioactive profile is influenced by cultivar, climate, maturity, cultivation practices and storage conditions. Technologies such as gamma radiation can be used to improve conservation and increase post-harvest shelf life of fruits, and can also activate their defense system, inducing oxidative stress, which involves the synthesis of secondary antioxidant metabolites. In this context, the objective of the present work was to adapt the protocols for the extraction of bioactive compounds; characterize the 'Comum' pomegranate and evaluate the influence of gamma radiation on primary and secondary metabolism. The 'Comum' pomegranate fruits were irradiated at the Radiation Technology Center - CTR - of the Energy and Nuclear Research Institute - IPEN - USP/São Paulo Campus, with cobalt-60 (0.0 kGy; 0.3 kGy; 0.6 kGy; 0.9 kGy; 1.2 kGy and 1.5 kGy). They were stored in the Vegetal Production Department of FCA/UNESP in a cold chamber with a temperature of 10 ± 1°C and 90 ± 5% RH for 30 days. Physical-chemical and biochemical analyzes of the fruits were performed every 5 days. A single solvent was not able to extract the bioactive compounds from the pulp and peel samples of the 'Comum' pomegranate. Irradiation at a dose of 1.5 KGy associated with refrigeration reduced fruit mass loss. The use of irradiation did not change the firmness of the fruits, the Hue color angle of the peel and the titratable acidity of the pulp. It was verified for all doses of gamma radiation and for the control that the refrigeration was effective in the loss of mass. Irradiation was efficient in the synthesis of bioactive compounds. Gamma radiation doses of 0.3 kGy and 0.6 kGy increased the total monomeric anthocyanin content of 'Comum' pomegranate pulp during storage. Gamma radiation at a dose of 0.6 kGy increased the antioxidant activity of the peel. The dose of 1.5 kGy increased the content of total phenolic compounds and maintained the antioxidant activity of the pomegranate pulp at the end of storage.
Descrição
Palavras-chave
Tecnologia pós-colheita, Irradiação, Metabolismo secundário, Antioxidantes, Punica granatum, Irradiation, Secondary metabolism, Antioxidants
Idioma
Português