As relações do México com os Estados Unidos de 1982 a 2019: integração produtiva e desafios para o desenvolvimento

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-05-10

Autores

Franzoni, Marcela [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

As relações do México com os Estados Unidos são marcadas pela assimetria. Apesar de historicamente o país buscar diversificar as suas relações econômicas internacionais, as reformas liberalizantes e a escolha por integrar-se à América do Norte limitaram o estabelecimento de contrapesos, especialmente nos temas com alta interface entre as relações bilaterais e a política doméstica mexicana - comércio, migração e segurança. O objetivo da pesquisa é analisar a integração produtiva do México aos Estados Unidos e os desafios para o desenvolvimento econômico mexicano no período compreendido entre 1982 e 2019. A pesquisa tem como foco a indústria automobilística, setor chave no período da industrialização por substituição de importações e que se tornou um dos mais integrados ao mercado dos EUA depois do Tratado de Livre Comércio da América do Norte. A hipótese principal é que apesar da integração econômica do México aos Estados Unidos ter promovido o incremento dos fluxos comerciais e de investimentos estrangeiros, levando a indústria automobilística do México a se posicionar como uma das mais produtivas do mundo, a associação entre os dois países não foi capaz de dinamizar a articulação de um processo de acumulação endógeno. Argumentamos que os desafios do desenvolvimento mexicano são atribuídos, sobretudo, à política de liberalização empreendida a partir da crise da dívida de 1982, que extinguiu as políticas setoriais e renegou ao NAFTA a promoção do desenvolvimento. A metodologia da tese está baseada na revisão de literatura especializada; na análise dos documentos oficiais disponibilizados pelo Diário Oficial da Federação, Secretaria de Economia, Secretaria de Relações Exteriores, United States Trade Representative e Planos Nacionais de Desenvolvimento; e na sistematização de dados primários disponíveis no Instituto Nacional de Estatística e Geografia, Banco do México e United States Census Bureau.
Mexico's relations with the United States are marked by asymmetry. Although the country has historically tried to diversify its international economic relations, the liberal reforms and the choice to join North America limited the establishment of counterweights, especially on issues that are most closely connected to bilateral relations and Mexican domestic politics - trade, migration and security. The aim of the research is to analyze Mexico's productive integration to the United States and its challenges to Mexican economic development between 1982 and 2019. The research focuses on the automotive industry, a key sector in the period of industrialization by import substitution and which became one of the most integrated into the US market after the North American Free Trade Agreement. The main hypothesis is: although the economic integration of Mexico with the United States has increased trade flows and foreign investment, leading the Mexican automobile industry to position itself among the most productive in the world, relations between the two countries have not been capable of invigorating the articulation of an endogenous accumulation process. We argue that the challenges of Mexican economic development are explained, above all, by the liberalization policy implemented after the debt crisis in 1982, which extinguished sectoral policies and denied NAFTA the promotion of development. The methodology of the thesis is based on the review of specialized literature; in the analysis of the official documents available in the Diario Oficial de la Federación, Ministry of Economy, Ministry of Foreign Affairs, United States Trade Representative and National Development Plans; and in the systematization of primary data from the National Institute of Statistics and Geography, Banco de México and the United States Census Bureau.
Las relaciones de México con Estados Unidos son marcadas por la asimetría. Aunque historicamente el país intente diversificar sus relaciones económicas internacionales, las reformas liberales y la elección por integrarse a América del Norte limitaron el establecimiento de contrapesos, especialmente en los temas de mayor conexión con las relaciones bilaterales y la política doméstica mexicana - comércio, migración y seguridad. El objetivo de la investigación es analisar la integración productiva entre México y Estados Unidos y los retos para el desarrollo económico mexicano entre 1982 y 2019. La investigación tiene como énfasis la industria automobilística, sector clave en el período de la industrialización por sustitución de importaciones y que se volvió uno de los más integrados al mercado de EE.UU. después del Tratado de Livre Comércio de América del Norte. La hipótesis principal es: aunque la integración económica de México con los Estados Unidos haya incrementado los flujos comerciales y de inversiones extranjeras, llevando a la industria automobilística de México a posicionarse dentre las más productivas del mundo, las relaciones entre los dos países no ha sido capaz de dinamizar la articulación de un proceso de acumulación endógeno. Argumentamos que los retos del desarrollo económico mexicano se explican, sobretodo, a la política de liberalización implementada después de crises de la deuda en 1982, que extinguió las políticas sectoriales y renegó al NAFTA la promoción del desarrollo. La metodologia de la tesis está basada en la revisión de la literatura especializada; en el análisis de los documentos oficiales disponibles en el Diario Oficial de la Federación, Secretaría de Economía, Secretaría de Relaciones Exteriores, United States Trade Representative y Planos Nacionales de Desarrollo; y en la sistematización de datos primários del Instituto Nacional de Estadística y Geografia, Banco de México y United States Census Bureau.

Descrição

Palavras-chave

México, Estados Unidos, NAFTA, TLCAN, Política externa, Desenvolvimento econômico, Economic development, Foreign policy, Desarrollo económico, Política exterior

Como citar