Teste de açúcar oral em jumentos das raças Pêga e Nordestina

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Data

2022-04-29

Autores

Becegatto, Daniela Bortoli

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Asininos podem ser acometidos por alterações endócrinas e metabólicas, entre elas a síndrome metabólica asinina (SMA). Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar a resposta glicêmica e insulinêmica de asininos ao teste de açúcar oral (TAO) e a relação da glicemia e insulinemia basal com o escore de condição corporal (ECC) em jumentos das raças Nordestina e Pêga. Foram utilizados 20 animais, 10 fêmeas da raça Nordestina (G1) e 10 da raça Pêga (G2). Previamente à execução do teste, foram realizados exame físico, mensuração do peso, avaliação quanto ao ECC e escore de crista de pescoço (ECP). Para a realização do TAO, foi utilizado xarope de milho na dose de 0,15 ml/kg via oral e amostras de sangue venoso foram colhidas antes, e após 5, 15, 30, 45, 60, 75, 90, 120, 150, 180, 210 e 240 min para a determinação da glicemia e 5, 15, 45, 60, 75, 90, 120, 150 min para a insulinemia. Os resultados demonstraram diferença entre as raças na resposta glicêmica, apresentando diferença estatística com o momento basal, os momentos de pico foram variáveis, sendo que a maior frequência foi aos 45, 60, 75 min. Com relação à insulina não houve diferença estatística entre as raças após a administração do xarope, para os valores de insulina a média basal foi de 5,02 ± 2.09 µUI/ml para a raça Nordestina e 5,4 ± 2,95 µUI/ml para a raça Pêga. Nas avaliações morfométricas, foi encontrada diferença na média de peso, no ECC e ECP, o ECC da raça Nordestina teve média de 4,3 ± 1,05, para a raça Pêga a média foi de 5,6 ± 1,64. Os resultados demonstraram correlação positiva entre glicose e insulina, o que suporta o uso do TAO na avaliação da relação entre glicose e insulina, e correlação positiva entre ECC e insulina, demonstrando a importância do monitoramento de animais com alto ECC, foi possível observar que fatores relacionados à espécie, raça, escore corporal e fatores ambientais devem ser levados em consideração ao se avaliar a resposta a testes dinâmicos.
Donkeys can be affected by endocrine and metabolic disorders, including donkey metabolic syndrome (DMS). The aim of this study was to evaluate the glycemic and insulinemic response of donkeys to the oral sugar test (OST) and the relationship between glycemia and basal insulinemia with the body condition score (BCS) in Nordestina and Pêga donkeys. Twenty animals were evaluated, 10 females of the Nordestina breed (G1) and 10 of the Pêga breed (G2). Physical exams, body weight, evaluation of body condition score (BCS) and neck score (NS) were performed before de OST. To perform the OST, corn syrup was used (0.15mL/kg) orally, venous blood samples were collected before and after 5, 15, 30, 45, 60, 75, 90, 120, 150, 180, 210 and 240 for glucose assessment and 5, 15, 45, 60, 75, 90, 120, 150 for insulin measurement. Results showed differences between breeds in the glycemic response, showing a statistical difference with the baseline moment, the peak moments were variable, the highest frequency was at 45, 60, 75 minutes. Considering insulin, there was no statistical difference between breeds after administration of the syrup, for insulin values the basal mean was 5.02 ± 2.09 µUI/ml for the Nordestina donkey and 5.4 ± 2.95 µUI/ml for the Pega. In the morphometric evaluations, a difference was found in the mean weight, in the BCS and NS, the Nordestina donkey BCS had a mean of 4.3 ± 1.05, for Pêga donkey the mean was 5.6 ± 1.64. The mean for NS was 1.7 ± 0.82 for Nordestina and 2.1 ± 0.73 for Pêga. The results showed a positive correlation between glucose and insulin, which supports the use of TAO in the assessment of the glucose and insulin dynamics, and a positive correlation between ECC and insulin, demonstrating the relevance of monitoring animals with high ECC, it was possible to observe that factors related to species, race, body score and environmental factors should be taken into account when evaluating the response to dynamic tests.

Descrição

Palavras-chave

Asininos, Desregulação da insulina, Síndrome metabólica asinina, Testes dinâmicos, Índice glicêmico, Insulina, Controle glicêmico

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