Avaliação dos metabólitos do triptofano e perfil de resposta imune na pele de cães com leishmaniose visceral

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-05-03

Autores

Jacintho, Ana Paula Prudente [UNESP]

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma antropozoonose causada pelo protozoário Leishmania infantum, cuja pele é o sítio inicial da infecção, antes da visceralização do parasita. Os efeitos imunopatológicos da resposta imune sistêmica interferem com a função dos órgãos injuriados. A enzima IDO é responsável pelo catabolismo do triptofano e esgota o L-Triptofano do microambiente local, resultando na produção de metabólitos da via quinurenina, comprometendo a função de linfócitos T e resultando em imunossupressão. Existem poucos estudos que correlacionam os metabólitos de triptofano à imunopatogenia da LV canina. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar as lesões cutâneas com a carga parasitária, a imunodetecção de subprodutos do triptofano da via da quinurenina (ácido quinurênico e ácido quinolínico), dos linfócitos Treg, das células dendríticas imaturas e maduras (CD11 e CD83 respectivamente), IL-10 e de macrófagos M1 e M2. Para isso foram utilizados fragmentos de pele (ponta de orelha e plano nasal) de 30 cães com LV (grupo infectado) e de 05 cães não infectados (grupo controle), que foram submetidas à análise imuno-histoquímica. Todas estas variáveis estavam aumentadas no grupo infectado, exceto M1 e CD83, que não diferiram estatisticamente entre os grupos, tanto na orelha quanto no plano nasal. No grupo infectado houve maior proporção de macrófagos M2, de células dendríticas imaturas, ácido quinolínico e quinurênico, IL10 e linfócitos Treg, o que indica a predominância de uma resposta imune Th2, inibição da ativação de linfócitos T e da apresentação eficiente de antígenos. Os metabólitos do triptofano no microambiente cutâneo tiveram um papel imunossupressor durante a infecção por Leishmania infantum, possivelmente contribuindo para a persistência da infecção na pele e com a distribuição sistêmica do parasita.
Visceral Leishmaniasis (VL) is an anthropozoonosis caused by the protozoan Leishmania infantum, whose skin is the first site of infection, before the visceralization of the parasite. The immunopathological effects of the systemic immune response interfere with the function of injured organs. The IDO enzyme is responsible for tryptophan catabolism and depletes L-Tryptophan from the local microenvironment, resulting in the production of kynurenine pathway metabolites, compromising T lymphocyte function and resulting in immunosuppression. There are few studies that correlate tryptophan metabolites to the immunopathogenesis of canine VL. Therefore, the aim of this study was to compare the skin lesions with the parasite load, with the immunodetection of tryptophan by-products of the kynurenine pathway (kynurenic acid and quinolinic acid), Treg lymphocytes, immature and mature dendritic cells (CD11 and CD83 respectively), IL-10 and M1 and M2 macrophages. For this, skin fragments (ear tip and nasal plane) of 30 dogs with VL (infected group) and 05 uninfected dogs (control group) were used, which were submitted to immunohistochemical analysis. All these variables were increased in the infected group, except for M1 and CD83, which did not differ statistically between the groups, both in the ear and in the nasal plane. In the infected group, there was a higher proportion of M2 macrophages, immature dendritic cells, quinolinic and kynurenic acid, IL10 and Treg lymphocytes, which indicates the predominance of a Th2 immune response, inhibition of T lymphocyte activation and efficient antigen presentation. Tryptophan metabolites in the skin microenvironment had an immunosuppressive role during Leishmania infantum infection, possibly contributing to the persistence of the infection in the skin and the systemic distribution of the parasite.

Descrição

Palavras-chave

Imunotolerância, Leishmania infantum, IDO, Quinurenina, Metabólitos, Células dendríticas, Macrófagos

Como citar