Publicação: Perspectivas femininas no Atlântico negro: ficção e história nos romances um defeito de cor e as lendas de Dandara
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Data
Orientador
Silva, Paulo César Andrade da 

Coorientador
Pós-graduação
Estudos Literários - FCLAR
Curso de graduação
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Tese de doutorado
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Resumo (português)
Esta pesquisa investiga perspectivas femininas presentes nos romances Um defeito de cor (2016), de Ana Maria Gonçalves e As lendas de Dandara (2016), de Jarid Arraes, entre elas, o poder da autodefinição como o saber capaz de iluminar o caminho para a liberdade. Nessa perspectiva, Dandara e Kehinde consagram-se heroínas com rosto africano (FORD, 1999): representam a integração da mulher marginalizada na sociedade colonial. Desse modo, refletiu-se sobre a atuação das memórias e identidades (HALL, 1996; 2003; CASTELLS, 2018; CANDAU, 2016) na formação dos territórios de pertencimento das protagonistas. Ao passo que as identidades culturais se transformam em identidade de resistência considerando a experiência da/na diáspora negra e tendo em vista como as obras literárias cooperam para um lembrar ativo envolvendo memória, ficção e História. Outrossim, considerou-se, que o corpus pertence aos romances de autoria negra (MIRANDA, 2019; CUTI, 2010; BERND, 1998a), dado ao seu caráter autorreflexivo, político e reivindicatório, visto que suas protagonistas são capazes de mobilizar a escrita de uma história para si (bell hooks, 2019a; 2019b; COLLINS, 2019). Além disso, os romances Um defeito de cor e As lendas de Dandara são considerados um projeto de emancipação das autoras Ana Maria Gonçalves e Jarid Arraes na medida em que oferecem uma história de reparação e ressignificação da escravidão no Brasil.
Resumo (inglês)
This research investigates female perspectives present in the novels Um defeito de cor (2016), by Ana Maria Gonçalves and As lendas de Dandara (2016), by Jarid Arraes, among them, the power of self-definition as knowledge capable of illuminating the path to freedom. From this perspective, Dandara and Kehinde are heroines with an African face (FORD, 1999): they represent the integration of marginalized women in colonial society. In this way, it was reflected on the performance of memories and identities (HALL, 1996; 2003; CASTELLS, 2018; CANDAU, 2016) in the formation of the protagonists' territories of belonging. While cultural identities are transformed into an identity of resistance considering the experience of/in the black diaspora and considering how literary works cooperate for an active remembering involving memory, fiction and history. Furthermore, it was considered that the corpus belongs to black novels (MIRANDA, 2019; CUTI, 2010; BERND, 1998a), given its self-reflective, political and demanding character, since its protagonists are able to mobilize the writing of a story for you (bell hooks, 2019a; 2019b; COLLINS, 2019). Furthermore, the novels Um defeito de cor and As lendas de Dandara are considered an emancipation project by the authors Ana Maria Gonçalves and Jarid Arraes insofar as they offer a history of reparation and resignification of slavery in Brazil
Descrição
Palavras-chave
Ana Maria Gonçalves, Jarid Arraes, autoria negra, identidade e memória, black authorship, fiction and history, identity and memory, ficção e história
Idioma
Português