Publicação: Detecção imuno-histoquímica de Leishmania infantum em hipófise de cão
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Pós-graduação
Curso de graduação
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UNESP
Tipo
Trabalho apresentado em evento
Direito de acesso
Acesso aberto

Resumo
Introdução: A Leishmaniose visceral (LV) nas Américas é uma doença zoonótica causada pelo
protozoário Leishmania infantum (sin. Leishmania chagasi), sendo o cão doméstico o principal
reservatório. Uma ampla variedade de sinais clínicos e lesões envolvendo todos os sistemas e órgãos
são descritos na literatura. O comprometimento morfológico e funcional de glândulas endócrinas,
como a hipófise, ainda não foi devidamente investigado em cães com leishmaniose visceral. A
hipófise faz parte dos órgãos circunventriculares (CVOs), que são compartimentos vascularizados do
sistema nervoso central (SNC) desprovidos de barreiras efetivas o que a torna suscetível à agentes
infecciosos. Relato de caso: Cão, SRD, macho de nove anos foi encaminhado ao Centro de Controle
de Zoonoses de Araçatuba-SP com histórico de emagrecimento progressivo, letargia,
linfoadenomegalia e lesões ulceradas e descamativas multifocais pelo corpo. Diante dos sintomas,
foram realizados os ensaios de imunocromatografia e exame sorológico para diagnóstico de
Leishmaniose Visceral. Ambos apresentaram resultado reagente, e devido as condições
fisiopatológicas, o tutor optou pela eutanásia. O cadáver foi encaminhado para o serviço de Patologia
Animal da FMVA. Resultados: Foram colhidas amostras de órgãos e tecidos durante a necropsia.
Na análise das lâminas histopatológicas coradas com hematoxilina e eosina, destacando o corte da
região da hipófise, foram observados infiltrado mononuclear discreto em pars intermedia e em
fragmento do seio cavernoso adjacente a hipófise. Também na periferia de vasos do seio cavernoso,
foi observado infiltrado inflamatório mononuclear moderado. Foi realizado ensaio de
imunohistoquímica para detecção de amastigotas de Leishmania spp., com imunomarcação positiva
nas regiões anteriormente citadas (Figura 1). Conclusão: A presença de inflamação e/ou do parasito
na região hipofisária pode resultar em disfunção da glândula, e determinar o agravamento do estado
clínico do paciente, comprometendo a eficiência do tratamento e do prognóstico. Em seres humanos
com leishmaniose visceral, existem relatos de anormalidades endócrinas (Verde et al., 2011), que
precisam ser melhor investigadas no cão.
Descrição
Palavras-chave
Leishmaniose visceral, Diagnóstico, Glândula pituitária
Idioma
Português
Como citar
In: SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL, 12.; SEMANA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, 20., 2021, Araçatuba. Anais... Araçatuba: UNESP, 2021. 2 p.