Surdez ocupacional em professores: um diagnóstico provável

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Data

2007-04-01

Autores

Martins, Regina Helena Garcia [UNESP]
Tavares, Elaine Lara Mendes
Lima Neto, Arlindo C. [UNESP]
Fioravanti, Marisa P. [UNESP]

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Editor

ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

Resumo

Sintomas auditivos e ruído ambiental são freqüentemente referidos por professores, porém as aferições destes não são rotina. Forma de Estudo: Clínico prospectivo. OBJETIVOS: Estudar, em professores: os sintomas auditivos, os resultados das audiometrias e a aferição do ruído nas classes. CASUÍSTICA E MÉTODO: em dois grupos de estudo compostos por GI (40 professores) e GII (40 voluntários), estudou-se: idade, sexo, condições de trabalho, audiometrias e níveis de ruído nas classes. RESULTADOS: em GI predominaram as mulheres (86%), que atuavam em ensino fundamental (75%), em classes com 21 - 40 alunos (70%), com jornadas de trabalho de 26 a 40 horas semanais (47%), e tempo variável na profissão. 93,7% dos professores de GI referiam ruído excessivo nas classes, 65% apresentavam sintomas auditivos e 25% deles possuíam audiometrias alteradas (contra 10% de GII), predominando a gota acústica (11,25%; p<0,05). Valores de ruído de 87dBA foram aferidos em todos os níveis de ensino. CONCLUSÕES: A surdez ocupacional pode estar ocorrendo em professores, porém são necessárias pesquisas adicionais para comprovação de tal suposição.
Teachers frequently report auditory symptoms and excessive noise in classrooms, but noise level measurements are not done routinely. Study model - a prospective clinical trial. AIM: To study auditory symptoms and audiometric exams of teachers and classroom noise levels. MATERIAL and METHOD: Data from two groups, GI (40 teachers) and GII (40 voluntaries) were studied as follows: age, gender, working conditions, audiometric exams, and classroom noise levels. RESULTS: In GI there were more females (86%), working in basic teaching (75%), in classes with 21-40 students (70%), with workloads between 26 and 40 hours per week (47%), and variable professional teaching time. Most teachers in GI reported excessive classroom noise (93.5%) and auditory symptoms (65%). In GI, 25% of teachers presented audiometric alterations (versus 10% of controls), with an acoustic notch predominating (11.25%; p<0.05). Noise levels close to 87dBA were recorded in classes at all teaching levels. CONCLUSIONS: occupational hearing loss may occur in teachers. Further studies are needed to confirm this proposition.

Descrição

Palavras-chave

perda auditiva, professor, ruído, hearing loss, teacher, noise

Como citar

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 73, n. 2, p. 239-244, 2007.