As crônicas de Bilac nas revistas ilustradas A cigarra (1895) e A Bruxa (1896-1897)

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Data

2008-07-31

Autores

Silvestre, Fernanda Munhão Martins [UNESP]

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Editor

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Resumo

Assim como a maioria dos escritores nacionais, que participaram efetivamente de periódicos no século XIX, Olavo Bilac estendeu sua trajetória jornalística entre 1890 e 1908 em diferentes periódicos paulistas e cariocas. Dentre essas contribuições jornalísticas desenvolvidas pelo poeta, o estudo faz um recorte enfocando as revistas A Cigarra (1895) e A Bruxa (1896-1897), nas quais Bilac transpõe uma multiplicidade de temas, cumprindo uma proposta moldada de acordo com o que o gênero requer: a leveza e o humor. Em A Cigarra, o cronista destaca-se como redator responsável por um periódico voltado à crítica literária, à política e à vida artística do período. Na revista, que era inspirada na fábula de La Fontaine, as formigas representavam os políticos, os diplomatas, comerciantes e banqueiros do Rio de Janeiro e as cigarras eram os artistas, literatos e jornalistas. Pouco mais de três meses depois de deixar a revista, Bilac transfere-se para A Bruxa, que tinha um estilo gótico de diagramação e era confeccionada em papel especial para encadernação de suas edições em volumes anuais. Esse periódico não se destacava pelo espírito crítico ou pela combatividade de seus idealizadores, mas tinha o intuito de atrair os leitores pelo requinte de seu acabamento gráfico. Semanalmente, a revista era publicada com oito páginas impressas em três cores e adotava um estilo gótico representado por bruxos, diabos e duendes que ilustravam as páginas d´A Bruxa, além de serem adotados como pseudônimos por Olavo Bilac. A partir dessas revistas, o trabalho faz um estudo das crônicas de Bilac na seção “Crônica”, que serve de editorial, levantando os pontos relevantes desses textos publicados pelo parnasiano.
As well as the majority of the national writers, who had participated effectively of periodics in century XIX, Olavo Bilac extended his journalistic trajectory between 1890 and 1908 in different periodics from São Paulo and Rio de Janeiro. Among these journalistic contributions developed by the poet, the study makes a clipping focusing the magazines A Cigarra (1895) and A Bruxa (1896-1897), in which Bilac transposes a multiplicity of subjects, fulfilling a proposal molded according to what the genre requires: the slightness and mood. In A Cigarra, the short story writer stands out as the responsible writer of a periodic related to the literary criticism, to the politics and to the artistic life of the period. In the magazine, that was inspired by the La Fontaine fable, the ants represented the politicians, the diplomats, traders and bankers of Rio de Janeiro and the cicadas were the artists, the literati and the journalists. Little more than three months after leaving the magazine, Bilac moves to A Bruxa, that had a gothic style of diagramming and was confectioned in special paper for binding of its editions in annual volumes. This periodic was not distinguished by the critical spirit or the combativeness of its idealizers, but it was intended to attract the readers by its fancy graphical finishing. Weekly, the magazine was published with eight pages printed in three colors and adopted a gothic style represented by wizards, devils and goblins that illustrated the pages of A Bruxa, besides being adopted as pseudonymous by Olavo Bilac. From these magazines on, the work makes a study of the Bilac chronicles in the “Chronic” section, that is used as an editorial, raising the relevant issues of these texts published by the “parnasiano”.

Descrição

Palavras-chave

Cronicas brasileiras, Jornalismo e literatura, Periódicos brasileiros, Journalism and literature, Brazilian literature

Como citar

SILVESTRE, Fernanda Munhão Martins. As crônicas de Bilac nas revistas ilustradas A cigarra (1895) e A Bruxa (1896-1897). 2008. 294 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2008.