Análise do potencial indutor de esteatose hepática dos fitossanitários Curbix® 200 SC e Regent® 80 WG em linhagem celular HEPG2
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Data
2020
Autores
Orientador
Moraes, Karen Cristiane Martinez de
Coorientador
Pós-graduação
Curso de graduação
Ciências Biológicas - IB
Título da Revista
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Editor
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
Direito de acesso
Acesso aberto
Resumo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esteatose hepática é considerada um grave problema de saúde pública, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado, sendo este principalmente em forma de gotículas de lipídios. Várias são as etiologias correlatas ao aparecimento das anomalias e os agrotóxicos, chamados atualmente de fitossanitários, potencializam a lista de reagentes químicos que podem causar alterações metabólicas e consequentemente anomalias hepáticas nas populações. Neste estudo, foi investigada a atuação de dois fenilpirazóis: o fipronil, presente na composição do fitossanitário REGENT® 800 WG, e o ethiprole, presente no fitossanitário CURBIX® 200 SC. Os fitossanitários foram escolhidos considerando-se a popularidade dos mesmos e pelo fato de que o uso incorreto dos mesmos pode desencadear a, contaminação da água e do solo, além de poder causar uma variedade de efeitos tóxicos em animais e humanos. Para o desenvolvimento deste trabalho, avaliou-se inicialmente a citotoxicidade dos fitossanitários na linhagem celular hepáticas (HEPG2, ATCC® HB-8065™) que são altamente metabolizadoras. A escolha dessa linhagem permitiu avaliar os efeitos celulares dos fitossanitários no metabolismo lipídico. Após a otimização das concentrações de estudo, análises de microscopia de fluorescência e a mensuração de lipídeos neutros para se avaliar o potencial de indução da esteatose hepática a partir destes fitossanitários. Além disso foram também mensurados os lipídeos totais em análises de espectroscopia de infravermelho. Nas concentrações de uso utilizadas nos ensaios para ambos os fitossanitários (0,2 μM e 2 μM), diferentemente do esperado, o fitossanitário CURBIX® 200 SC (considerado uma opção menos tóxica que o fitossanitário REGENT® 800 WG) foi o que mais causou alterações negativas às células, reduzindo a viabilidade em 55%, além de alterar significativamente os níveis de lipídeos neutros e totais presentes no interior da célula. Todas essas alterações sugeriram possíveis alterações metabólicas nas células HEPG2, frente a incubação com o fitossanitário. Por outro lado, o fitossanitário REGENT® 800 WG, conhecido por ser mais tóxicos ao organismo, apresentou alterações significativas apenas na mensuração dos lipídios totais, mas sem apresentar citotoxicidade em nenhum dos ensaios realizados. Assim, baseado nos resultados obtidos em nosso modelo de estudo, observa-se a necessidade de um maior detalhamento mecanístico da atuação de ambos os fitossanitários.
Descrição
Palavras-chave
Idioma
Português